Veja quem são os paranaenses que estarão em Copenhague| Foto:

A partir de amanhã, uma equipe de observadores que está em Copenhague para acompanhar a Conferência das Partes da Con­­venção do Clima (COP15) relatará suas impressões na Gazeta do Povo.

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Em uma coluna diária, os profissionais, todos atuantes no setor ambiental de Curitiba, irão relatar os bastidores, comentar as negociações e ressaltar pontos de interesse para os paranaenses. Eles chegaram ontem à capital dinamarquesa, onde acompanham a fase decisiva das ne­­gociações.

Os cinco observadores pertencem ao Instituto Brasileiro de Planejamento Ambiental (Ib­­plam) e à Fundação O Boticário de Proteção à Natureza.

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O Ibplam faz parte da comitiva oficial brasileira, convocada pelo Ministério das Relações Exteriores. Enviou os advogados José Gustavo de Oliveira Franco, Alessandro Panasolo e Paulo de Tarso de Lara Pires.

Já a Fundação O Boticário foi credenciada pela COP15 como organização observadora, e será representada em Copenhague pelos engenheiros florestais André Ferretti e Gustavo Gatti.

Para Oliveira Franco, que é doutor em Meio Ambiente e De­­­­senvolvimento pela UFPR, a pre­­sença no evento é importante pelo papel que o país ocupa nas discussões sobre o clima. "Acre­­dito que o Brasil pode li­­derar as negociações. O país passou a as­­sumir responsabilidades diretas sobre a emissão de dióxido de carbono na at­­mosfera, e é a primeira na­­ção em desen­­vol­­vimen­­to a estipular uma meta de redução. Além disso, tem papel de referência por ser pioneiro em programas de energia limpa, co­­mo o Proalcool e, mais recentemente, a biomassa", re­­laciona.

Interesse público

Alessandro Panasolo, que par­­ticipa pela terceira vez de uma conferência do clima da ONU, ressalta o aumento no in­­teresse público pela questão: "Por causa do interesse crescente pelos problemas climáticos, a ONU abriu mais espaço para os observadores. Minha expectativa é grande em saber o quanto os chefes de Estado estão dispostos a se comprometer e dar respostas concretas às projeções científicas sobre o aquecimento global".

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Paulo de Tarso de Lara Pires, doutor em Ciências Florestais pela UFPR, esteve em Cope­­nha­­gue em 2008, participando de um evento preparatório para a Conferência. "Esperamos que al­­go concreto seja decidido em relação ao desmatamento, e que países como Estados Unidos e China comecem a assumir compromissos concretos", diz.

André Ferretti, que também coordena a rede de discussão Ob­­servatório do Clima, espera ver reuniões mais propositivas que as presenciadas por ele nas quatro conferências anteriores.

"Nos outros eventos, o que me deixou desapontado foi a forma como os delegados estavam focados apenas nos interesses de seus países, sem se preocupar com a problemática global. Des­­ta vez, acredito que haverá maior pressão por resultados", espera.

Gustavo Gatti, também da Fundação O Boticário, destaca o papel desempenhado pelas organizações civis que atuam como observadoras das conferências do clima: "O terceiro setor pode ser um termômetro para os líderes mundiais saberem como a sociedade pensa, e quais são seus principais anseios em relação a mudanças políticas a serem implementadas".

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