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Tragédia

Paranaenses seguem em segurança, mas sem saber quando voltam ao Brasil

Grupo de turistas brasileiros que faziam trilha na região de Pokhara em sua chegada a um hotel da cidade | /Facebook
Grupo de turistas brasileiros que faziam trilha na região de Pokhara em sua chegada a um hotel da cidade (Foto: /Facebook)

Os 20 turistas brasileiros (a maioria paranaense) que faziam uma trilha no Nepal seguem em segurança, mas sem saber quando poderão voltar ao Brasil, segundo Gianna Wanke, irmã de Ana Wanke, que coordenava a expedição.

Ela tem conversado frequentemente com a irmã via mensagens pela internet.

Os brasileiros percorriam uma trilha de 130 quilômetros na região de Pokhara -- 200 quilômetros distante da capital Katmandu, onde milhares morreram -- quando sentiram os tremores do sábado (25). Logo se dirigiram para a cidade, onde chegaram no domingo e conseguiram se abrigar em um hotel.

Por uma rede social, Ana Wanke tranquilizou amigos e familiares. “Aqui está tudo bem, sem devastação, com água e comida abundantes. Conseguimos orientação do Ministério de Relações Exteriores para ficarmos aqui por pelo menos mais dois dias”, escreveu na sua página pessoal no Facebook.

No entanto, a volta para o Brasil continua indefinida. “Avisaram que eles precisam ficar pelo menos dois dias em Pokhara, porque a situação em Katmandu [cidade da qual retornariam para o Brasil] é crítica”, diz Gianna. “Só que eles precisam de apoio e não há muitas informações sobre o que fazer. Minha irmã contou que foi difícil contatar a embaixada”, completa.

Falta de ajuda

O brasileiro Felipe Freire Moulin, de 27 anos, tinha acabado de sair de um retiro espiritual em Katmandu quando o país foi atingido pelo terremoto mais mortífero desde 1934. Com o dinheiro acabando e dormindo em um acampamento improvisado, ele buscou ajuda na embaixada brasileira, mas diz ter se sentido desrespeitado pela falta de assistência.

“Andei muito até a embaixada achando que eles poderiam me ajudar e não me ofereceram nenhum copo d’água”, relatou o brasileiro em um áudio enviado à mãe, Cristiane Abranches Freire.

Felipe está viajando desde 8 de janeiro, quando embarcou para a Índia, e busca formas de sair de Katmandu. Seu voo de volta para o Brasil sai de Nova Délhi somente em 20 de maio. De acordo com o brasileiro, a embaixada se recusou a ajudá-lo a procurar passagens, alegando que o sistema estava fora do ar.

“Eles falaram que não podiam ajudar em nada além de oferecer uma ligação rápida”, contou o brasileiro. Sua tentativa de obter suprimentos e ser acolhido também foi em vão. “Comentei que as outras embaixadas estão oferecendo água, chá e alimentos para as pessoas. Eles responderam que o único suprimento que eles tinham era material de limpeza e não poderiam ajudar”, disse.

“Perguntamos sobre acampar no quintal da embaixada, mas eles se recusaram. Disseram que não sabiam se o prédio era seguro e que a embaixadora não vai se comprometer com a morte de ninguém”, contou.

Felipe, que está companhado de um brasileiro que tem passaporte israelense, contou que a embaixada de Israel acolheu um grupo de pessoas no próprio jardim.

Brasileiros

Até esta segunda-feira (27), 96 brasileiros que estavam no Nepal durante terremoto ocorrido no país foram localizados pelo Ministério das Relações Exteriores. A pasta informou que não há pessoas com ferimentos e que o grupo recebe “toda a assistência consular cabível”.

“Não há, até o momento, informação sobre a presença de brasileiros entre as vítimas fatais”, informou o Itamaraty.

Ao todo, o terremoto de magnitude 7,8, ocorrido no último sábado, deixou mais de 4 mil mortos.

Questionado sobre ajuda humanitária do Brasil ao Nepal, o ministério afirmou que deslocou servidores da embaixada brasileira em Nova Déli, na Índia, para ajudar o posto de Katmandu.

Além disso, foi montado um centro de atendimento a brasileiros no aeroporto da capital -a situação de caos no local vem afetando, justamente, a chegada de ajuda humanitária ao país.

“A Embaixada continuará a monitorar a situação e a acompanhar a evolução dos acontecimentos naquele país”, disse o Itamaraty.

Rastro de destruição causado pelo terremoto e suas réplicas desde o último sábado (25) |

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Acampamento improvisado para os desabrigados pelo terremoto | ABIR ABDULLAH/EFE

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Acampamento improvisado para os desabrigados pelo terremoto

Equipes médicas atendem feridos na tragédia | ATHIT PERAWONGMETHA/REUTERS

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Equipes médicas atendem feridos na tragédia

Equipes trabalham no resgate de possíveis sobreviventes | DANISH SIDDIQUI/REUTERS

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Equipes trabalham no resgate de possíveis sobreviventes

Homem sentado nas ruínas de sua casa, que ruiu devido aos abalos | ADNAN ABIDI/REUTERS

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Homem sentado nas ruínas de sua casa, que ruiu devido aos abalos

Rastro de destruição causado pelo terremoto e suas réplicas desde o último sábado (25) |

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Rastro de destruição causado pelo terremoto e suas réplicas desde o último sábado (25)

 | NARENDRA SHRESTHA/EFE

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Funeral improvisado de vítima dos tremores | DANISH SIDDIQUI/REUTERS

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Funeral improvisado de vítima dos tremores

Criança ouve mulher ler as últimas notícias sobre a tragédia | ABIR ABDULLAH/EFE

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Criança ouve mulher ler as últimas notícias sobre a tragédia

Equipes trabalham no resgate de possíveis sobreviventes | CARL WHETHAM/IFRC/HANDOUT/EFE

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Equipes trabalham no resgate de possíveis sobreviventes

Equipes trabalham no resgate de possíveis sobreviventes | DANISH SIDDIQUI/REUTERS

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Equipes trabalham no resgate de possíveis sobreviventes | CHINA STRINGER NETWORK/REUTERS

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Equipes trabalham no resgate de possíveis sobreviventes

Acampamento improvisado para os desabrigados pelo terremoto | NAVESH CHITRAKAR/REUTERS

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Acampamento improvisado para os desabrigados pelo terremoto

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Rastro de destruição causado pelo terremoto e suas réplicas desde o último sábado (25)

Criança brinca em frente às ruínas da casa, derrubada pela força dos tremores | NARENDRA SHRESTHA/EFE

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Criança brinca em frente às ruínas da casa, derrubada pela força dos tremores

Equipes trabalham no resgate de possíveis sobreviventes | DANISH SIDDIQUI/REUTERS

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