Cerca de 200 familiares dos 154 passageiros chineses do voo MH370 da Malaysia Airlines, que a companhia aérea e o governo da Malásia consideraram como mortos na última noite após ter concluído que o avião caiu no sul do Oceano Índico, fazem uma marcha de protesto nesta terça-feira (25) rumo à embaixada malaia em Pequim para protestar sobre a gestão do desastre e exigir mais informações.
Os parentes, que até agora eram mantidos em um hotel no nordeste de Pequim, decidiram se dirigir para a representação diplomática da Malásia depois que não aconteceu uma entrevista coletiva que esperavam por volta das 10h locais (23h de Brasília da segunda-feira), conforme explicação que algumas testemunhas deram para a Agência Efe.
Os manifestantes são escoltados pela polícia chinesa, que também estabeleceu um anel de segurança em torno da Embaixada malaia.
A Malaysia Airlines notificou na segunda-feira (24) pela noite os familiares dos passageiros do voo MH370 que novas análises dos dados oferecidos pelos satélites mostram, "além de toda dúvida razoável", que o avião caiu no mar no sul do Oceano Índico ao oeste da cidade australiana de Perth.
A companhia, que enviou também uma mensagem de texto em inglês aos parentes das vítimas, detalhou que não houve sobreviventes.
Ao receber a notificação, foram muitas as cenas de tristeza e desespero no hotel onde estavam os familiares dos passageiros do Boeing 777-200.
Vários deles publicaram nesta terça, de madrugada, um comunicado expressando sua raiva contra a companhia aérea, o governo e os militares da Malásia, e os acusaram de "ter escondido a verdade", causando "destruição psicológica e mental" dos parentes que durante 18 dias se agarraram desesperadamente à possibilidade que os passageiros estivessem vivos.
Os familiares chineses em Pequim foram os mais críticos nas últimas semanas com a condução da crise pelas autoridades da Malásia, que foram acusadas em várias ocasiões de esconder informações sobre o ocorrido.
Enquanto as cenas de dor e tristeza se sucediam no hotel dos familiares, a imprensa chinesa pediu o prosseguimento das buscas para comprovar que o avião realmente afundou no oceano.
- China exige da Malásia dados de satélite sobre avião desaparecido
- Avião desaparecido caiu no Oceano Índico, diz governo malaio
- Avião chinês avista possíveis destroços de avião malaio desaparecido
- Satélite francês capta imagens de objetos que podem ser de avião desaparecido
- França e Alemanha vão usar satélite e submarino nas buscas por avião da Malásia
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião