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Familiares de pessoas que estavam no barco naufragado fazem vigília na cidade chinesa de Jianli. | Wu Hong / EFE
Familiares de pessoas que estavam no barco naufragado fazem vigília na cidade chinesa de Jianli.| Foto: Wu Hong / EFE

Os parentes dos desaparecidos no naufrágio do navio “Estrela Oriental”, na China, vivem os momentos mais difíceis de suas vidas em meio à falta de informações e ao acesso restrito ao local, enquanto o número de corpos encontrados no rio não para de subir.

As equipes que trabalham no rio Yang Tsé, o maior do país, onde ocorreu o acidente na segunda-feira, conseguiram desvirar o navio ontem. Foi preciso trabalhar durante toda a noite e todo o dia para realizar a complicada tarefa, por causa da forte correnteza e da pouca visibilidade da água.

Após a operação, o governo informou que 20 corpos foram achados, por isso o total de vítimas já chegou a 103. Eram 456 as pessoas que viajavam no “Estrela Oriental” e só 14 sobreviveram à catástrofe, entre elas o capitão e o chefe de máquinas, que conseguiram sair antes do naufrágio do navio, supostamente atingido por um ciclone.

“Achamos que as autoridades insistiram muito que as causas do desastre foram os fatores naturais. Queremos uma investigação completa”, pediu Xia Yunchen. A irmã mais velha de Xia é uma das centenas de pessoas ainda desaparecidas. “Queremos ver os corpos de nossos familiares. Alguns acreditam que o governo quer escondê-los. Temos o direito de enterrá-los”, gritou Xia.

Outros parentes também foram ao local do acidente, apesar de as autoridades os isolarem da imprensa com a ajuda da polícia. Eles já perderam a esperança de encontrar seus parentes com vida e aumentaram os protestos após quatro dias em que só sabiam dos avanços das buscas através da imprensa oficial, já que são obrigados a permanecer em seus hotéis de Jianli, a cidade mais próxima à cena da catástrofe.

As autoridades já declararam que a possibilidade de encontrar sobreviventes é mínima e decidiram realizar a complicada operação para desvirar o navio. Agora, mergulhadores exploram cabine por cabine para encontrar o mais rápido possível as vítimas e tirar seus corpos da água.

A maioria dos passageiros tinha idades entre 50 e 80 anos. O acidente, que ocorreu por volta das 21h30 (horário local), os surpreendeu já na hora de dormir.

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