Congressistas do Equador entram em choque com polícia
Deputados destituídos envolveram-se num empurra-empurra com a polícia, ao tentar entrar no Congresso do Equador, agravando a disputa com o presidente Rafael Correa.
Parlamentares do Equador deixaram o Congresso nesta quinta-feira após uma lata de gás lacrimogêneo ter explodido no prédio, em outro sinal do aumento de tensões antes de um referendo que colocou o presidente Rafael Correa e os parlamentares em lados opostos.
"O governo planejou isso", disse o parlamentar Luis Almeida à televisão equatoriana, culpando um guarda-costas de congressistas leais a Correa pelo incidente, ocorrido no final da manhã.
Autoridades de segurança do Congresso disseram que a lata explodiu em uma sala ao lado do plenário principal e que detiveram um suspeito que tentava fugir.
Eleitores equatorianos devem apoiar um referendo, no domingo, proposto pelo presidente de esquerda para estabelecer uma nova assembléia, com o objetivo de revisar a constituição, possivelmente tirando poderes de um Congresso amplamente visto como corrupto.
O Congresso, considerado culpado pela instabilidade política do país após ajudar a derrubar três presidentes em uma década, cancelaram sua sessão após espirros de gás terem entrado no plenário principal, onde os congressistas debatiam um projeto de lei.
A Casa recomeçou a trabalhar na terça-feira após uma longa e amarga disputa com o presidente sobre o referendo. Mais da metade dos legisladores foram cassados e brigaram com a polícia tentando voltar ao Congresso.
Substitutos assumiram os lugares dos parlamentares cassados, representando uma vitória para Correa, que faz parte da corrente dos presidentes de esquerda eleitos na América do Sul nos últimos anos e é aliado do presidente venezuelano Hugo Chávez.
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