O Parlamento da França deve debater nesta quarta-feira (4) se o país deve participar de ataques militares contra a Síria, contudo nenhuma votação está agendada para a sessão.
A Constituição da França não requer um votação parlamentar para uma intervenção militar, a menos que a operação dure mais de quatro meses. Por outro lado, alguns legisladores franceses já pediram que o presidente François Hollande convoque uma votação sobre o tema.
Na terça-feira, o presidente francês declarou que irá aguardar a decisão do Congresso dos Estados Unidos sobre uma ação militar contra a Síria, reiterando que seu governo não se engajará sozinho em um ataque contra o governo de Bashar Assad.
Numa entrevista coletiva concedida ao lado do presidente da Alemanha, Joachin Gauck, Hollande disse que a votação no Congresso norte-americano "terá consequência sobre a coalizão que teremos de formar".
Caso o Congresso dos EUA não autorize um ataque a Síria, prosseguiu Hollande, "a França assumirá sua responsabilidade apoiando a oposição democrática (síria) de forma a dar uma resposta" ao uso de armas químicas atribuído ao governo de Bashar Assad.
Hollande e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendem abertamente uma ação militar contra a Síria em resposta a um ataque que deixou centenas de mortos nos arredores de Damasco em 21 de agosto.
Os dois presidentes acusam o governo sírio de ser o responsável pelo ataque, no qual teria sido usado algum tipo de arma química ainda não identificado. O governo sírio nega. Fonte: Associated Press.
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