Paris - A primeira pesquisa de opinião realizada na França após o escândalo sexual envolvendo Dominique Strauss-Kahn, diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), mostrou que a oposição de esquerda ainda está na frente. Strauss-Kahn era o candidato mais provável do Partido Socialista e pela primeira vez não foi incluído numa sondagem sobre potenciais candidatos ao pleito de 2012.
O levantamento conduzido pela CSA no dia 16 de maio, dois dias após a suposta tentativa de estupro a uma camareira de hotel em Nova York revelou que 54% dos entrevistados acreditam que o Partido Socialista ainda pode vencer a eleição em abril e maio próximos sem seu candidato-celebridade. Entre os eleitores socialistas, 70% dizem crer que o partido ainda pode vencer as eleições.
O presidente conservador Nicolas Sarkozy, cuja taxa de aprovação está baixa, aparece atrás do direitista da Frente Nacional e enfrenta uma luta árdua para conseguir a reeleição no próximo ano. O afastamento quase certo de Strauss-Kahn da disputa deve ajudar, em parte, Sarkozy.
A pesquisa apurou que François Hollande, ex-líder do Partido Socialista, seria o novo candidato favorito da esquerda, 10 pontos à frente da atual líder Martine Aubry.
Também houve a previsão de que qualquer dos dois candidatos obteria 23% no primeiro turno da eleição com Sarkozy, que estaria um ponto atrás de Hollande ou empatado com Aubry. Já a líder de extrema direita Marine Le Pen apareceria em terceiro, com 20%.
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