Tzipi não conseguiu consenso do partido Shas, assim terá a opção de formar uma coalizão da minoria mínima ou convocar eleições para 2009| Foto: Brian Snyder / Reuters

O partido ultra-ortodoxo Shas afirmou nesta sexta-feira (24) que não participará de um novo governo em Israel formado pela primeira-ministra designada Tzipi Livni. Com isso, crescem as chances de que o país tenha antecipadas as eleições gerais.

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O porta-voz do Shas Roi Lahmanovitch afirmou em comunicado que Tzipi não conseguiu atender as demandas do partido por mais dinheiro para os israelenses pobres. Além disso, a sigla queria um compromisso de que partes de Jerusalém não seriam cedidas aos palestinos.

O texto divulgado nesta sexta-feira sustenta que o Shas "não poderá se unir ao governo sob essas condições". Se a situação se mantiver, a ex-ministra de Relações Exteriores terá duas opções: ou forma uma coalizão de maioria mínima, com pequenos partidos ultra-ortodoxos e pacifistas, ou convoca novas eleições para 2009.

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Mais tarde, Eli Yishai, líder do Partido Shas, disse que Livni não atendeu aos pedidos do partido por mais recursos e recusou-se a firmar um compromisso para que partes de Jerusalém não sejam cedidas aos palestinos.

Na quinta-feira, Tzipi afirmou que, se não conseguir formar uma coalizão até domingo, convocará eleições. O porta-voz de Livni, Gil Messing, disse nesta sexta que o ultimato "continua válido". Livni obteve o apoio do Partido Trabalhista, de centro-esquerda, mas precisava das 12 cadeiras do Shas no Parlamento de Israel para formar uma maioria de governo. O Parlamento, chamado Knesset, tem 120 cadeiras.

Se as eleições forem convocadas, a confusão aumentará no sistema político israelense e as negociações de paz com os palestinos e a Síria poderão ser congeladas. As pesquisas de opinião indicam que o provável vencedor seria o Partido Likud, da linha-dura de direita e comandando pelo ex-premiê Benyamin Netanyahu. As informações são da Associated Press.