Políticos culparam nesta terça-feira as forças de segurança pelos atentados mais sangrentos no Iraque nos últimos dois anos. Um grupo ligado à rede Al Qaeda assumiu a responsabilidade pelo ataque, no qual foram mortas 155 pessoas.
Dois ataques de grande escala nos últimos dois meses levantaram dúvidas sobre a habilidade do nascente aparato de segurança do Iraque para garantir a segurança do país depois que soldados dos Estados Unidos se retiraram de grandes cidades - um passo para a saída total das tropas prevista para 2011.
Uma fonte na polícia disse que unidades do Exército iraquiano detiveram dezenas de pessoas suspeitas de envolvimento nos ataques de domingo, que também feriram mais de 500 pessoas.
Os partidos políticos do Iraque, que disputam espaço antes das eleições parlamentares de janeiro, criticaram as forças de segurança. O governador da província de Bagdá, Salah Abdul-Razzaq, acusou-as de se esconderem atrás de complexos fortificados em vez de garantir segurança à população.
"Se elas não podem nos proteger, nós vamos nos proteger por meios próprios", disse Abdul-Razzaq, do partido Dawa, do qual também faz parte o primeiro-ministro Nuri al-Maliki, durante uma entrevista à imprensa transmitida pela TV local.
Ele pediu a renúncia do ministro do Interior e do chefe das operações de segurança em Bagdá.
O grupo Estado Islâmico no Iraque - uma organização ligada à rede Al Qaeda - assumiu a responsabilidade pelos atentados perto do Ministério da Justiça e do edifício da administração provincial na capital.
O Iraque detém a terceira maior reserva petrolífera do mundo e está tentando reconstruir sua destroçada infraestrutura e economia, abaladas por anos de guerra, sanções internacionais e violência sectária provocados pela invasão dos Estados Unidos, em 2003.
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