Partido do presidente Petro Poroshenko estava vencendo nas urnas até a manhã desta segunda-feira (27)| Foto: EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO

Os dois principais partidos da Ucrânia favoráveis ao fortalecimento das relações com o Ocidente lideram as eleições parlamentares no país. Nesta segunda-feira, mais de um terço dos votos havia sido contabilizado e indicava que a Frente Popular, do primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk, e o partido do presidente Petro Poroshenko estavam vencendo nas urnas.

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O bloco de Poroshenko contava com 21,5% do total de votos, enquanto o partido de Yatsenyuk estava pouco a frente, com 21 6%. Em terceiro lugar estava o partido Samopomich, representação recém-criada e que também apoia as ligações da Ucrânia com a Europa, com quase 11% dos votos.

Se a votação prosseguir nessa tendência, as eleições levarão a uma revisão do Parlamento, que antes era dominado por apoiadores do ex-presidente deposto Viktor Yanukovych. Ainda assim, o partido de oposição, que especialistas consideram reunir parte do eleitorado ainda fiel a Yanukovych, tem uma presença forte nas urnas, com 9,8% dos votos.

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Na Crimeia, região anexada pela Rússia em março, e em partes no leste do país, em especial Donetsk e Luhansk, as votações não ocorreram. A luta entre rebeldes separatistas e tropas do governo nestas áreas impediu que mais de três milhões de pessoas votassem, de modo que parece provável uma vitória de aliados do Ocidente para o Parlamento.

Observadores internacionais analisaram o processo eleitoral no país e devem fornecer uma avaliação preliminar já nesta segunda-feira.

Explosões são ouvidas em Donetsk

ombardeios intensos foram ouvidos nos arredores de Donetsk, um reduto de rebeldes pró-Rússia no leste da Ucrânia, nesta segunda-feira, um dia após a realização de eleições parlamentares no país, informou o prefeito da cidade.

"Foram ouvidos disparos fortes de armas de grosso calibre e explosões", disse o site do prefeito de Donetsk.

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Apesar de um cessar-fogo acertado em 5 de setembro entre o governo central ucraniano e os separatistas pró-Rússia do leste, a tensão permanece alta na região.