Pelo menos seis pessoas morreram neste domingo (11) na Síria em uma nova jornada de manifestações maciças na maioria das províncias do país contra o presidente Bashar al Assad, informaram fontes da oposição à Agência Efe.
O porta-voz da rede de ativistas sírios Comitês de Coordenação Local, Omar Edelbe, assegurou à Efe que pelo menos cinco pessoas foram assassinadas a tiros pelas forças de segurança, três delas em Homs (centro do país) e duas em Damasco.
Por sua vez, o Observatório Sírio dos Direitos humanos afirmou que uma patrulha disparou e matou por engano uma mulher de 40 anos, quando perseguia um grupo de pessoas na localidade de Bukamal, na província de Deir ez Zor.
Omar Edlebe explicou que, depois dos funerais das 21 pessoas mortas no sábado em diferentes cidades do país, foram convocados grandes protestos em quase todas as províncias sírias.
"Nos últimas semanas aumentaram as reivindicações populares. Agora os manifestantes pedem a pena de morte para o presidente", apontou o ativista. Em cidades como Idleb (norte), Deraa (sul), Homs e Hama (centro), os manifestantes mostraram também sua rejeição à recente visita à Síria do secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi.
Segundo o porta-voz dos Comitês, a proposta árabe para realizar as reformas democráticas no país é "insuficiente" e não reflete as reivindicações do povo sírio.
Enquanto isso, as forças de segurança continuaram mobiliadas nas cidades mais violentas e detiveram dezenas de pessoas na zona de Deir ez Zor, onde além disso houve cinco feridos por disparos.
Em Homs, aviões de guerra sobrevoaram a cidade, enquanto na localidade litorânea de Latakia (norte) os agentes atacaram a mesquita de Al Katab e detiveram diversos fiéis, segundo os opositores.
Desde março, o regime de Al-Assad reprime com dureza os protestos contra si, que matou pelo menos 2.115 civis e 547 membros das forças de segurança, segundo dados do Observatório sírio, que não podem ser verificados de maneira independente devido ao bloqueio informativo imposto pelas autoridades.
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