Cerca de 30 pessoas morreram nesta sexta-feira (15) em mais um dia marcado pela violência e a repressão governamental em diversas zonas da Síria, informaram grupos de oposição.
Segundo um comunicado do Observatório Sírio de Direitos Humanos, um total de 30 pessoas, a maioria civis, morreram em bombardeios e outras ações violentas ocorridas nas províncias de Deraa, Homs, Aleppo e nos arredores de Damasco.
Os ativistas dos Comitês de Coordenação Local denunciaram que o número de vítimas fatais é de 36 pessoas. Uma das zonas mais castigadas foi a província de Homs, onde dez pessoas, entre elas uma menina, morreram nos bombardeios lançados sobre a cidade de Al Gagar e em bairros da própria cidade de Homs, informou o Observatório.
Na cidade de Basry al-Sham, localizada em Deraa, oito civis perderam a vida após a explosão de uma bomba em frente a uma mesquita, acrescentou a organização.
Na cidade de Aleppo, a segunda maior do país, pelo menos quatro civis morreram devido aos disparos das forças de segurança sírias contra grupos de manifestantes.
Na província de Aleppo, tropas e unidades rebeldes se enfrentaram a tiros na cidade de Adnan. Além disso, o Exército sírio prosseguiu com seus bombardeios sobre as localidades de Deir ez Zor e Rastan, afirmaram fontes do Exército Livre Sírio (ELS), que informaram que estas zonas estão atualmente sob o controle dos rebeldes.
O chefe do ELS na província de Deir ez Zor, tenente-coronel Muhanad al Talaa, assegurou à Agência Efe que seus homens impediram nos últimos três dias que as forças do regime entrassem na cidade de Deir ez Zor.
Talaa disse que em represália o Exército bombardeou nesta sexta-feira a população com tanques e helicópteros, o que causou um número indeterminado de mortos e feridos civis, além da destruição de muitas casas.
Como a cada sexta-feira desde o início da revolta, os opositores saíram às ruas para protestar, apesar das forças sírias se concentrarem próximas às mesquitas onde costumam ocorrer as passeatas, segundo a Comissão Geral da Revolução Síria (CGRS).
Durante as manifestações, os sírios cantaram palavras de ordem contra a proteção da Rússia ao presidente sírio, Bashar al Assad, e insistiram em demonstrar sua vontade de derrotar o regime.
A violência persiste na Síria apesar da pressão internacional e do envio de trezentos observadores da ONU para o país, onde os combates entre as forças governamentais e os rebeldes aumentaram nas últimas semanas.
O chefe da missão de observadores da ONU na Síria, geral Robert Mood, expressou nesta terça-feira sua frustração pela escalada de violência no país, que está limitando seu trabalho de supervisão.
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