O Conselho Superior, o foro máximo de justiça da Líbia, decidiu nesta terça-feira comutar a pena de morte por prisão perpétua das cinco enfermeiras búlgaras e do médico palestino, naturalizado búlgaro, informou uma fonte oficial.
O Conselho Superior das Instâncias Judiciais líbias, ligado ao ministro da Justiça, tem poder para modificar e até anular o veredicto da Corte Suprema que havia confirmado a pena máxima para os acusados.
As famílias das crianças líbias contaminadas anunciaram hoje que desistiam de defender a pena de morte pronunciada contra os búlgaros, depois que suas condições foram atendidas, declarou à AFP o porta-voz das famílias, Idriss Lagha.
A sentença foi anunciada depois de as famílias receberem um milhão de dólares (724.000 euros) por vítima.
Os detidos poderão pagar suas penas no país de origem, pois Líbia e Bulgária suscreveram um acordo de extradição nos anos 80.
A Suprema Corte da Líbia havia confirmado na quarta-feira passada a pena de morte para as cinco enfermeiras e o médico palestino condenados nesse país por contaminar crianças com o vírus da Aids.
As enfermeiras Kristiana Valtcheva, Nassia Nenova, Valia Cherveniaka, Valentina Siropulo e Snejana Dimitrova, assim como o médico de origem palestina, naturalizado búlgaro, Achraf Jumaa Hajuj, estão presos na Líbia desde 1999.
Acusados de terem infectado com o vírus da Aids 438 crianças do hospital de Benghazi, das quais 56 já morreram, os seis alegam inocência e afirmam que suas confissões foram obtidas mediante tortura.
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