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O Pentágono divulgou na quinta-feira novas regras para dificultar a expulsão de homossexuais das Forças Armadas dos Estados Unidos, uma medida temporária para facilitar a adoção da política conhecida como "não pergunte, não conte", enquanto o Congresso cogita sua revogação.

O secretário de Defesa, Robert Gates, disse que as orientações são resultado de uma análise de 45 dias sobre o que o Pentágono poderia fazer em curto prazo e conforme a atual lei para permitir a implementação de "modo justo e mais apropriado".

Em janeiro, o presidente Barack Obama sugeriu a revogação da política "não pergunte, não conte", tocando em um assunto que pode influir na eleição parlamentar de novembro.

Muitos ativistas homossexuais lamentaram no ano passado que Obama não tenha cumprido rapidamente sua promessa de reverter a regra que proíbe a homossexualidade assumida nos quartéis.

As diretrizes de Gates elevam a patente dos oficiais autorizados a promoverem investigações contra supostos violadores da regra "não pergunte, não conte". Ele também eleva o grau de exigência com relação às informações que podem ser usadas para expulsar um homossexual assumido, e proíbe o testemunho de médicos, advogados e clérigos para esse fim.

Para limitar as expulsões de militares "tirados do armário" por terceiros, o Pentágono agora exige que tal informação seja prestada sob juramento. O uso de "declarações por ouvir dizer ou rumores" também fica desencorajado.

"Essas modificações entram em vigor imediatamente e valerão para todos os casos em aberto e futuros", disse Gates.

Críticos da mudança de regra dizem que a aceitação de homossexuais assumidos abalaria o moral e a disciplina das tropas, algo que ativistas da causa rejeitam. Gates disse que seria "arriscado" tentar apressar a decisão.

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