O Peru prometeu entregar nesta quarta as provas de suposta espionagem de que acusa o Chile. O ministro das Relações Exteriores peruano, José Antonio García Belaúnde, afirmou em entrevista ao "Canal 4" que, caso Santiago não aceite investigar o fato, será preciso "reavaliar as relações com o vizinho". "Espero que essa atitude mude. Aos dois países convêm desenvolver uma relação fluida", afirmou o chanceler peruano.
García Belaúnde disse que a investigação de espionagem da promotoria será entregue ao governo chileno nesta tarde. A mesma apuração será entregue à Interpol até amanhã, segundo ele. O governo chileno negou que espione os vizinhos e não se pronunciou sobre o pedido do Peru por uma investigação.
Em Santiago, o ministro das Relações Exteriores Mariano Fernández disse que não comentaria as novas declarações de García Belaúnde. "Não vamos comentá-las. Há um estilo de linguagem que a chefatura de Estado do Chile julga perfeitamente inconveniente de comentar.
O Peru denunciou que um agente de inteligência da Força Aérea do Peru recebia dinheiro para espionar para o Chile, a fim de fornecer informações sobre os planos da instituição. O presidente Alan García qualificou as práticas de espionagem como "repulsivas" e próprias de uma "republiqueta", em uma alusão ao Chile. Segundo García, o crescimento econômico do Peru causa "inveja e por isso nos espionam"
Alguns setores do Chile chegaram a sugerir que o governo peruano tenha armado o caso para desprestigiar o vizinho. García Belaúnde qualificou essa hipótese como "absurda". Peru e Chile mantém uma disputa jurídica na Corte Internacional de Justiça, em Haia, sobre limites marítimos desde janeiro de 2008. A denúncia de espionagem causa grande tensão nas já ressentidas relações bilaterais.
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