Atualizado em 28/03/2006 às 20h45
Pesquisas de boca-de-urna indicaram a vitória do partido governista Kadima nas eleições israelenses desta terça-feira. O partido, liderado pelo primeiro-ministro interino, Ehud Olmert, deve ganhar a maioria das cadeiras do Knesset (Parlamento israelense).
As pesquisas, divulgadas depois que a votação foi encerrada, deram ao Kadima entre 29 a 32 dos 120 assentos do Parlamento. No seu provável melhor desempenho, o partido fundado por Ariel Sharon terá 34 cadeiras. O Partido Trabalhista deve conquistar de 20 a 22 vagas e o Likud, de extrema-direita, de 11 a 12.
Segundo informe do "Jerusalem Post", jornal de orientação conservadora, o Kadima é o grande vencedor e seus prováveis aliados serão os trabalhistas e o Meretz. O bloco de centro-esquerda deverá ter entre 62 e 66 parlamentares, enquanto o de direita contará possivelmente com 50 membros. Com isso, a aliança liderada pelo Likud será incapaz de impedir a formação de um governo pró-retirada de territórios ocupados.
Não há notícias de ataques no país. A segurança feita por mais de 22 mil policiais parece ter sido bem sucedida.
Segundo o jornal "Jerusalem Post", às 16h do horário local, o comparecimento às urnas atingiu o menor índice da História de Israel para o horário: apenas 47% dos eleitores haviam votado. Há três anos, 68% dos israelenses votaram, o índice mais baixo de todas as eleições no país até então.
O primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, candidato pelo partido Kadima, votou em um colégio de Jerusalém próximo a sua residência, e após depositar a cédula se limitou a pedir aos israelenses que participem das eleições.
Muitos especialistas apostam que será registrada nesta terça-feira um índice de comparecimento inferior ao da última eleição, porque a campanha eleitoral tem sido caracterizada por uma grande apatia por parte do eleitorado.
Os israelenses elegem hoje 120 representantes do Parlamento (Knesset), e o primeiro da lista eleitoral do partido que obtiver mais cadeiras será, quase que certamente, o encarregado de formar o novo governo.
O Kadima, embora favorito nas pesquisas de intenções de voto, perdeu fôlego nos últimos dias. Nesta terça-feira, o partido enviou centenas de milhares de mensagens de texto para celulares de eleitores, encorajando-os a votar.