A Polícia Federal (PF) negou nesta quarta-feira (10) que seus agentes estejam barrando a entrada de imigrantes africanos pela fronteira com Peru e Bolívia, no estado do Acre, diante do temor de que eles possam ser portadores do vírus ebola.

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O esclarecimento foi feito em comunicado pelo órgão depois que o jornal "O Globo" publicou na terça-feira uma reportagem afirmando que servidores da PF no Acre estavam impedindo o acesso de imigrantes vindos da África por medo da doença.

"A Polícia Federal esclarece que o atendimento de controle migratório no estado do Acre funciona normalmente, e não há nenhuma orientação de restringir o acesso de africanos ao território nacional", segundo o comunicado.

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Além disso, o órgão informou que vai tomar as medidas disciplinares necessárias caso sejam constatadas "irregularidades" no atendimento dos imigrantes africanos.

"Deve-se ressaltar também que o Ministério da Saúde afastou o risco de contaminação do vírus Ebola no Brasil", acrescentou a nota.

O Acre se transformou nos últimos anos na principal porta de entrada do Brasil para milhares de imigrantes haitianos e de países africanos que buscam refúgio e trabalho no país.

Segundo dados da Polícia Federal, 1.054 imigrantes africanos de 38 nacionalidades viviam no Brasil no ano 2000, mas em 2012 esse número saltou para 31.866 cidadãos de 48 dos 54 países da África.

A maioria procede de países de língua portuguesa, como Angola e Cabo Verde, com 11.027 e 4.257 cidadãos, respectivamente, até 2012.

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