O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, ex-coordenador da Operação Satiagraha, confirmou em depoimento à CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara dos Deputados, que o chefe de gabinete do presidente da República, Gilberto Carvalho, foi investigado no decorrer da operação.
A confirmação de que além de Gilberto Carvalho, o ex-deputado e advogado Luiz Eduardo Greenhalgh e a jornalista da Folha de S.Paulo Andréia Michael foram alvo de investigações, foi dada ao responder um questionamento do deputado Vanderlei Macris, que reinquiriu o delegado sobre uma mesma pergunta feita pelo relator da comissão Deputado Nelson Pellegrino (PT-BA).
O delegado disse que não poderia entrar em detalhes sobre as investigação e se a conduta dos três teria indícios ou não de crime.
Protógenes Queiroz disse aos parlamentares que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não teve participação "como instituição" nas investigações da Operação Satiagraha, mas ele confirmou que contou com a colaboração de alguns membros do setor de inteligência da agência.
O delegado garantiu que todas as escutas feitas durante a operação foram autorizadas. "Tinha autorização para gravar essas pessoas. Em todas as operações que atuei, eu tive autorização judicial para gravar".
Com a confirmação de que o chefe de gabinete do presidente da República tinha sido investigado, os deputados Vanderlei Macris e Gustavo Fruet apresentaram um requerimento para a convocação de Gilberto Carvalho para que ele esclareça as escutas.
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