A economia do Japão sofreu uma contração muito pior do que a esperada no primeiro trimestre, com queda de 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado, mergulhando o país numa recessão, uma vez que o terremoto e o tsunami de 11 de março causaram declínios nos gastos dos consumidores, nos investimentos das empresas e nos estoques do setor privado.
De acordo com os dados divulgados pelo governo nesta quinta-feira, o Produto Interno Bruto (PIB) do Japão caiu 0,9% na comparação com o trimestre anterior, em bases ajustadas aos preços, no segundo trimestre consecutivo de declínio. A taxa de contração foi quase o dobro da queda anualizada de 2% esperada por economistas consultados pela Dow Jones.
O tombo do primeiro trimestre foi o maior desde a contração recorde de 18,3% nos primeiros três meses de 2009, conforme os dados do Escritório do Gabinete de Governo. No último trimestre de 2010, o PIB japonês havia encolhido a uma taxa anualizada de 3%.
Esta sequência de duas quedas trimestrais do PIB - que costuma ser definida como recessão técnica - é também a primeira contração sucessiva desde os quatro trimestres entre abril de 2008 e março de 2009, em meio à crise financeira global. O dado sublinha como a catástrofe frustrou as expectativas de que a economia japonesa, puxada pelas exportações, escaparia de uma hibernação no primeiro trimestre, à medida que aumentasse a demanda externa. Antes que o Japão fosse atingido por seu pior desastre natural em décadas, alguns economistas previam um crescimento anualizado ao redor de 2% a 3% nos primeiros três meses do ano.
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