A polícia, que está vasculhando a casa da família britânica encontrada morta nos Alpes franceses na semana passada, retirou os moradores das propriedades vizinhas nesta segunda-feira (10), após ter descoberto itens não especificados que haviam gerado preocupação.
Imagens da TV mostraram um veículo de neutralização de bombas do lado de fora da casa de Saad al-Hilli, engenheiro britânico de origem iraquiana que foi baleado duas vezes na cabeça junto com sua esposa, sua mãe, e um ciclista francês que estava de passagem.
A imprensa francesa havia informado que a polícia britânica estava concentrando sua investigação no trabalho de Hilli como engenheiro mecânico.
Detetives não quiseram comentar as informações divulgadas pela imprensa britânica de que Hilli era conhecido dos serviços de segurança e estava sob vigilância policial durante a segunda Guerra do Golfo.
Mais cedo, policiais haviam isolado a rua na pequena cidade arborizada de Claygate, em Surrey, ao sudoeste de Londres, e começaram a retirar os vizinhos que moravam perto da casa de 1 milhão de libras (US$ 1,6 milhões) de Hilli.
"A polícia de Surrey pode confirmar que devido a preocupações a cerca de itens encontrados no endereço na rua Oaken Lane, em Claygate, os policiais estenderam o cordão de isolamento em torno da propriedade", disse uma porta-voz.
"Vizinhos na área imediata estão sendo evacuados", disse a porta-voz, que não deu detalhes sobre o que causou o alarme. "Está acontecendo muito rapidamente e estamos tentando ter uma ideia sobre que estamos lidando", disse.
A busca desta segunda-feira é o mais recente desdobramento dos assassinatos ocorridos uma estrada perto de uma floresta remota na última quarta-feira (5), na aldeia francesa de Chevaline, que dominou as manchetes da mídia na Grã-Bretanha e gerou muita especulação sobre o motivo.
Hilli, um engenheiro mecânico que trabalhava para a Surrey Satellite Technology, uma subsidiária da empresa aeroespacial e de defesa EADS, e as outras vítimas foram mortas com dois tiros na cabeça, no que pareceram ser assassinatos por encomenda.
Suas filhas, de sete e quatro anos, sobreviveram ao ataque. A menina mais velha Zainab, que sofreu graves fraturas no crânio, saiu do coma no domingo e será interrogada sobre o que aconteceu assim que for capaz, disse um procurador francês.
Sua irmã mais nova Zeena sobreviveu ilesa e as duas estão sob proteção policial.