A polícia federal belga, a pedido da procuradoria, divulgou uma imagem captada pelas câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas, onde se vê os supostos autores dos atentados desta terça-feira (22) que deixaram ao menos 34 mortos e centenas de feridos. Na imagem, é possível ver três suspeitos empurrando carrinhos no aeroporto. O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria dos ataques.
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“Você reconhece este homem”, pergunta a polícia belga em seu perfil no Twitter, onde foi divulgado um recorte que permite ver mais detalhes de um dos suspeitos.
Ao todo, foram três explosões no aeroporto e no metrô de Bruxelas na manhã desta terça-feira - quatro meses depois dos atentados de Paris.
Em coletiva de imprensa, o prefeito da cidade, Yvan Mayeur, disse que o total de vítimas fatais chegou a 34: 20 mortos no metrô e 14 mortos no terminal aeroviário. O número de feridos se aproxima de 200.
As autoridades belgas informaram que encontraram uma terceira bomba que não explodiu no aeroporto de Bruxelas.
“Foram colocadas três bombas no edifício e uma delas não explodiu”, disse Lodewijk De Witte, o governador da província do Brabante Flamenco em uma coletiva de imprensa no aeroporto, explicando que o artefato foi destruído posteriormente em uma explosão controlada.
Mais cedo, o Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques.
“Uma célula secreta de soldados do califado (...) realizou um ataque contra o estado cruzado da Bélgica, que está lutando contra o Islã e seu povo”, afirmou o grupo jihadista em um comunicado publicado na internet.
Os atacantes usavam coletes e artefatos explosivos, assim como metralhadoras, destacou o comunicado, acrescentando que “detonaram seus coletes” em meio às vítimas no aeroporto e no metrô. O comunicado também assegurou que os países que combatem os extremistas têm “dias escuros pela frente”.
Alerta máximo
As explosões desta terça-feira acontecem dias após a detenção de Saleh Abdeslam, principal suspeito dos ataques terroristas de Paris em novembro. Por isso, o ministro do Interior, Jan Jambon, elevou o alerta de ameaça terrorista no país ao nível máximo.
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Leia a matéria completaPreso depois de longas buscas, Abdeslam afirmou a investigadores que estava pronto para realizar um outro atentado, que seria organizado em Bruxelas (Bélgica).
Ao condenar os atentados desta terça, o primeiro-ministro belga, Charles Michel, disse que o país já esperava por um atentado.
“Temíamos um atentado terrorista e aconteceu”, afirmou Michel em uma entrevista coletiva, na qual pediu à população “tranquilidade e solidariedade”.
Logo após os ataques, as autoridades do país fecharam, além do aeroporto e do metrô, o serviço de bondes, ônibus, assim como as principais estações ferroviárias da capital. A Comissão Europeia pediu aos funcionários que não compareçam ao trabalho ou permaneçam nos escritórios.
Ao mesmo tempo, as autoridades de vários países europeus reforçaram a segurança em seus aeroportos e fronteiras. Grã-Bretanha, França, Alemanha, Holanda e Dinamarca anunciaram a intensificação dos controles. Além disso, a linha Eurostar, que liga Paris e Londres com Bruxelas por trem, suspendeu as viagens à capital belga.
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