A polícia de Düsseldorf anunciou nesta segunda-feira (30) que o processo de identificação das vítimas do avião que caiu nos Alpes franceses demorará algumas semanas, devido ao cuidado necessário durante o processo e a necessidade de esperar o término da operação de resgate no local.
De acordo com um comunicado da polícia da cidade alemã, a comissão especial para o caso, liderada por Roland Wolff e formada por cerca de cem funcionários, trabalha na identificação das vítimas e também na investigação das possíveis causas do acidente aéreo.
Cerca de 50 agentes estão encarregados desta segunda missão desde que o acidente foi notificado. Na sexta-feira (27), a casa em Düsseldorf do copiloto, que supostamente derrubou o avião de forma deliberada, foi vistoriada. O mesmo foi feito, em colaboração com a polícia do estado vizinho da Renânia-Palatinado, na residência que ele compartilhava com os pais na cidade de Montabaur. “Grande parte dos objetos e documentos apreendidos foram analisados, mas a avaliação ainda está em andamento”, ressaltou.
Um porta-voz da promotoria de Düsseldorf pediu “paciência” à imprensa de comunicação “diante da pressão dos últimos dias” e afirmou que, se o órgão tiver alguma novidade, emitirá um comunicado, mas não responderá a mais perguntas dos jornalistas.
Uma delegação da polícia francesa está na cidade para saber o desenvolvimento das investigações realizadas pelas autoridades alemãs e para informá-las sobre os últimos resultados dos trabalhos na França. Ao todo, 150 pessoas morreram - a maioria alemães e espanhóis - após a queda de um avião da companhia aérea Germanwings, que voava de Barcelona a Düsseldorf, nos Alpes franceses na terça-feira.
Para a fazer a identificação das vítimas, os agentes visitam, geralmente acompanhados por psicólogos, as casas dos mortos a fim de encontrar possíveis materiais de comparação com os restos resgatados na montanha, como amostras de DNA e impressões digitais.
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