A polícia do Kuwait disparou gás lacrimogêneo contra centenas de árabes que exigiam cidadania no segundo dia de protestos em um vilarejo próximo à capital do país, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) neste sábado (19), disse um ativista de direitos humanos.

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Cerca de 300 manifestantes entraram em confronto com os policiais em As-Salbiya, nas cercanias da Cidade do Kuweit, ferindo aproximadamente sete pessoas segundo testemunhas.

Foi a segunda passeata no Estado produtor de petróleo do Golfo Pérsico desde que a onda de tumultos inspirados nas revoltas na Tunísia e no Egito começou a se alastrar pelo Oriente Médio em janeiro.

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Maha al-Barjas, vice-presidente da Sociedade de Direitos Humanos do Kuweit, declarou que sete pessoas foram feridas nos confrontos.

Na sexta-feira, mais de mil exilados se reuniram em Jahra, no noroeste da Cidade do Kuweit, exigindo cidadania. Barjas disse que entre 100 e 140 pessoas foram detidas nos confrontos, mas a maioria foi solta no sábado.

Os manifestante, residentes de longa data no Kuweit conhecidos como beduínos, do árabe "bedoun jinsiyya" (sem nacionalidade), também exigem educação e assistência médica de graça e empregos, benefícios disponíveis somente aos cidadãos kuweitianos.

Muitos desses árabes são descendentes de nômades do deserto a quem foi negada a cidadania por conta das leis locais do país, cujos cidadãos desfrutam de generosas benesses do governo.

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