As autoridades mexicanas localizaram nesta segunda-feira, em dois estados do país, nove corpos decapitados, e pelo menos em um dos casos a suspeita é que foi um crime do narcotráfico.

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Na cidade de Cuernavaca, no Estado de Morelos, a polícia encontrou na madrugada desta segunda-feira os corpos decapitados de três pessoas não identificadas, e junto aos cadáveres as três cabeças dentro de bolsas de plástico, informou a promotoria da Justiça estadual.

Junto aos restos mortais foi deixada uma mensagem escrita num papelão, a qual advertia que o mesmo acontecerá a quem apoiar Edgar Valdez Villareal, um marginal apelidado como "La Barbie" e que segundo as autoridades disputa o controle do cartel dos irmãos Beltrán Leyva.

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O governo disse que após a morte em dezembro de Arturo Beltrán Leyva, que era considerado o líder do cartel que leva seus sobrenomes, começou uma batalha entre o seu irmão Héctor e "La Barbie" pelo comando da organização criminosa.

Enquanto isso, na cidade de Gómez Palacio, no Estado de Durango (norte) foram localizados os corpos de seis homens decapitados e duas cabeças humanas dentro de bolsas plásticas, informou a promotoria estadual.

No domingo, a polícia localizou seis cadáveres, três deles com muitas feridas no peito, em uma caverna da cidade turística de Cancún, no sudeste do país. O procurador de Justiça estadual de Quintana Roo, Francisco Alor, informou que ainda está sendo buscada a identidade dos quatro homens e das duas mulheres encontradas em uma caverna de seis metros de profundidade.

A procuradoria informou posteriormente, em comunicado, que três dos corpos tinham a letra "Z" marcada no abdômen, aparentemente com uma faca. As autoridades ainda não informaram oficialmente se o caso é um acerto de contas do narcotráfico, mas no passado já se encontrou no México cadáveres com marcas similares, aparentemente referindo-se ao cartel Los Zetas. Mais tarde nesta segunda-feira, as autoridades corrigiram informações iniciais, de que os corações de três dos seis cadáveres haviam sido extraídos. Segundo as autoridades, os cadáveres apenas apresentavam múltiplas feridas no tórax.

Um funcionário estadual que pediu anonimato disse que os corações dos três corpos foram extraídos e em seguida colocados novamente na cavidade torácica.

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Nos últimos anos, Cancún tem sido apontada como uma zona de operações de cartéis do narcotráfico. Há alguns dias, foi preso o prefeito da cidade, Gregorio Sánchez, que tentava se eleger governador de Quintana Roo. Ele é acusado de lavagem de dinheiro e de vínculos com os cartéis das drogas dos irmãos Beltrán Leyva e com Los Zetas.

Na madrugada de domingo, três homens morreram após um grupo armado invadir uma festa de 15 anos, no Estado de Guerrero, no sul do país. O ataque ocorreu na cidade de Coyuca de Catalán e deixou outras três pessoas feridas, segundo a Secretaria de Segurança Pública de Guerrero. Não foi divulgada a possível razão para esse ataque.

Coyuca de Catalán fica mais de 300 quilômetros a sudoeste da Cidade do México, nos limites do Estado de Michoacán, uma região onde nos últimos anos houve vários incidentes atribuídos ao narcotráfico e ao crime organizado.

A violência e as máfias mexicanas deixaram mais de 22.700 mortos desde dezembro de 2006, quando o presidente Felipe Calderón lançou uma ofensiva contra os cartéis das drogas. Além de disputarem o controle dos negócios ilegais entre si, os grupos criminosos ampliaram os confrontos com as forças federais.

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