Maria Tereza Madeira e Paulo Roberto Mendonça são apaixonados pela música brasileira| Foto: Divulgação/Unicenp

Overdose de pílulas para dormir pode ter matado Madeleine

Um relatório com análise dos fluídos corporais encontrados no carro alugado pelos pais da menina depois de seu desaparecimento prova que ela "ingeriu medicamentos, sem dúvida pílulas para dormir, em grande quantidade".

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Mãe de Madeleine é oficialmente declarada suspeita

A polícia portuguesa declarou oficialmente nesta sexta-feira (7) que Kate McCann é suspeita no caso do desaparecimento de sua filha Madeleine, em 3 de maio, em Portugal. A informação foi divulgada pela rede britânica "BBC", que ligou a declaração da polícia às manchas de sangue encontradas no carro alugado pelo casal na época do sumiço da filha.

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A polícia portuguesa não tem provas concretas que liguem o casal McCann ao desaparecimento de Madeleine, sua filha de quatro anos que sumiu no dia 3 de maio de um resort no litoral de Portugal. É o que disse ao jornal português "24 Horas" um detetive da Polícia Judiciária envolvido na investigação.

As evidências usadas pelos investigadores até agora não são suficientes nem para provar que ela morreu, afirma a fonte do jornal, cuja identidade não foi revelada. Ele disse que apesar de haver muitas evidências circunstanciais, ainda não é possível provar o que aconteceu com Madeleine. "Não temos nada concreto."

Os investigadores não conseguiram montar uma linha do tempo precisa do que aconteceu após as 18h do dia 3 de maio, quando Maddie foi levada pelos pais para o apartamento onde estavam hospedados, no Algarve, em Portugal, para colocá-la na cama. Kate McCann, mãe da garota, diz ter descoberto o sumiço dela às 22h, após voltar de um jantar com amigos. Madeleine e o casal de gêmeos, de dois anos, ficaram sozinhos no quarto do resort.

Agora, a polícia portuguesa deve voltar a ouvir os amigos britânicos dos pais da menina que também estavam no resort na época do desaparecimento.

Informações publicadas pela imprensa na última semana indicam que traços de fluidos de sangue foram descobertos no carro alugado pelos pais de Madeleine 25 dias depois do desaparecimento, o que indicaria que o corpo dela teria passado pelo porta-malas do veículo.

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O oficial citado pelo "24 Horas", entretanto, diz que mesmo que o DNA encontrado corresponda totalmente ao de Madeleine, isso não provaria nada. "Não sabemos se Maddie está morta, ou como ela morreu. Os pais poderiam dizer numa eventual confissão."

Mais testes estão sendo realizados em amostras de sangue encontradas no apartamento em que a família ficou hospedada e no carro alugado. Os resultados vão ser incorporados às mais de 4.000 páginas de evidências coletadas desde o início da investigação, incluindo os diários da mãe de Madeleine.

O casal deve se reunir com seus advogados britânicos nesta sexta para discutir o caso.

Suspeitos

Na última semana, os pais de Madeleine foram formalmente considerados suspeitos pelo desaparecimento da sua filha. As manchetes dos tablóides, antes unanimemente favoráveis à sua causa, mudaram de lado. Agora predominam as suspeitas, baseadas sempre em informações vazadas pela polícia, sobre a possível participação dos dois na morte acidental da menina.

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Sonífero

A última suposição, veiculada pelos tablóides britânicos, é de que Madeleine morreu de uma overdose de soníferos, administrados pelos seus próprios pais, ambos médicos. As análises toxicológicas revelam que Madeleine consumiu uma quantidade "significativa" de pílulas, segundo informação do jornal francês "France-Soir", repercutida nesta sexta-feira pela imprensa britânica.

Os fluidos corporais achados no porta-malas do carro alugado pelos seus pais após o desaparecimento de Madeleine indicam que ela foi sedada, diz a imprensa britânica, baseando-se numa notícia publicada ontem pelo jornal francês.

Segundo o jornal britânico "The Sun", Gerry McCann disse a um amigo que todas as notícias que tentam incriminar o casal carecem de fundamento. Ele afirmou que as acusações são "ridículas". Segundo McCann, ele e a sua mulher sabem que são inocentes.