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Distúrbio

Polícia nigeriana nega ter recebido alerta do pai de Abdulmutallab

O porta-voz da polícia nigeriana negou nesta segunda-feira que o pai do nigeriano indiciado por ter tentado explodir um avião americano no dia de Natal tenha alertado as autoridades antes da tentativa frustrada.

A família de Umar Faruk Abdulmutallab afirmou que o pai do jovem, preocupado porque não conseguia contatar seu filho, que estudava no exterior, havia alertado os serviços de segurança nigerianos há dois meses.

"Não estou a par de que esta informação tenha sido dada à polícia", declarou o porta-voz Emmanuel Ojukwu.

A família de Abdulmutallab também indicou, em um comunicado, que o pai do suposto terrorista havia alertado, inclusive, as agências de segurança estrangeiras.

Segundo a família de Abdulmutallab, o nigeriano mudou de comportamento recentemente.

"O desaparecimento e a interrupção das contatos, que levaram sua mãe e seu pai a alertar as agências de segurança, não correspondem em absoluto com sua personalidade e são transformações muito recentes", afirma a família de Abdulmutallab, mais conhecida na Nigéria com o nome de Mutallab.

"Desde a infância, Umar Faruk Abdulmutallab, que recebeu a maior atenção possível dos pais, nunca demonstrou atitudes, comportamentos nem relações que provocassem inquietação", completa o comunicado.

"A família vai prosseguir cooperando plenamente com as agências de segurança locais e internacionais na investigação e agradece a Deus todo-poderoso que nenhuma vida tenha se perdido no incidente".

Umar Faruk Abdulmutallab, de 23 anos, filho de um banqueiro e ex-ministro, foi transferido de um hospital em Michigan, onde estava internado para tratar as queimaduras que tinha no corpo, para um centro de detenção federal na cidade de Milan, no mesmo estado, informou seu advogado.

Abdulmutallab, de 25 anos, não foi autorizado a falar com ninguém desde sua prisão, na sexta-feira.

Ele, que foi indiciado no sábado, se encontra no no centro médico da Universidade de Michigan com queimaduras de segundo e terceiro grau, resultado da tentativa de acionar o explosivo que trazia junto ao corpo para derrubar o avião.

O jovem nigeriano disse aos agentes de segurança americanos ter sido treinado pela rede terrorista Al Qaeda no Iêmen.

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