Polícia reforça segurança nas ruas de Paris neste domingo (15).| Foto: PETER NICHOLLS/REUTERS

Uma equipe franco-belga formada para investigar, de Bruxelas, as investigações relacionadas aos atentados prendeu, neste domingo (15), sete suspeitos de terem participado dos ataques em Paris que mataram 132 na noite da última sexta-feira (13). A informação foi repassada à imprensa por uma autoridade belga sob a condição de anonimato. Ainda não se sabe se os suspeitos foram detidos em território francês ou belga.

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Essa mesma fonte informou a Associated Press que autoridades francesas já estão na capital belga para participar das investigações. Informações iniciais dão conta de que um desses suspeitos é cidadão francês, assim como três dos sete terroristas mortos durante os ataques.

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Polícia francesa identifica terrorista que atacou casa de shows Bataclan

Digital em um dedo decepado identificou o francês Omar Ismail Mostefai, de 29 anos, um dos sete suspeitos dos ataques

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Um veículo utilizado durante os ataques de sexta-feira à noite contra dois restaurantes de Paris foi encontrado no subúrbio da capital francesa, informaram fontes policiais. O carro, que estava abandonado em Montreuil, guardava fuzis de assalto kalashnikov, similares aos utilizados nos ataques de anteontem.

Enquanto as investigações sobre os atentados avançam, seis parentes do primeiro terrorista identificado são interrogados. Omar Ismael Mostefai era um cidadão francês de 29 anos de origem argelina e era conhecido pelo serviço de Inteligência francesa desde 2010 pela Justiça como pequeno delinquente e por ligações com radicais islâmicos.

Segundo o jornal “Le Monde”, Mostefai provavelmente passou alguns meses na Síria entre 2013 e 2014, depois que ele viajou à Turquia, porta de entrada de muitos extremistas aos redutos do Estado Islâmico. Na noite de sexta-feira, o francês chegou em um carro preto na casa de show Bataclan junto com outros terroristas armados com fuzis Kalashnikov e vestidos de coletes de explosivos. Ao entrar no teatro, eles abriram fogo contra a plateia que assistia a um show da banda Eagles of Death Metal. Segundo sobreviventes, os homens gritaram “Allahu akbar” (Deus é grande) e “Isso é pela Síria”. Pelo menos 89 pessoas morreram no local.

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De acordo com o promotor de Paris, François Molins, três grupos comandaram os ataques. Os terroristas se distribuíram para conduzir ataques com kalashnikovs e cintos com explosivos – alguns feitos de Taap, um composto que facilmente passa despercebido por cães farejadores. Pelo menos um deles tinha ingresso para a partida, mas, ao ser revistado, com cerca de 15 minutos de jogo, foi descoberto um colete de explosivos. O atacante, então, detonou o colete, carregado com explosivos e parafusos. Perto dali, cerca de três minutos depois, uma segunda pessoa também se explodiu do lado de fora do estádio. O terceiro suicida detonou explosivos perto de um McDonald’s.

Um passaporte sírio também foi achado junto ao corpo de um dos homens-bomba que detonaram uma das explosões na porta do Stade de France, durante o jogo entre França e Alemanha – o vice-ministro grego de Polícia confirmou que o sírio havia chegado à União Europeia pela Grécia em outubro.

A prioridade das autoridades agora é identificar os corpos, incluindo os dos terroristas, em sua maioria pulverizados. Uma vez completado o processo, será determinado se eles tiveram a ajuda de cúmplices.

“Podemos dizer, neste ponto da investigação, que provavelmente foram três grupos de terroristas coordenados por trás desse feito bárbaro“, afirmou Molins.

A França amanheceu mais um dia de luto, após os ataques que deixaram mais de 300 feridos, entre eles três brasileiros. Uma cerimônia especial para a família das vítimas e sobreviventes ocorrerá neste domingo na Catedral de Notre Dame, em Paris.

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