Centenas de pessoas foram às ruas de Moscou pelo segundo dia consecutivo, na terça-feira, num protesto contra os 12 anos de hegemonia política de Vladimir Putin na Rússia, apesar da repressão promovida por dezenas de milhares de policiais, com reforço de tropas de choque do Ministério do Interior.
A polícia disse ter detido cerca de 250 pessoas por realizarem um comício não autorizado no centro de Moscou. Outras 200 foram detidas em São Petersburgo.
Putin sofreu no final de semana o seu maior revés eleitoral desde que assumiu o poder, em 1999. Ele já foi presidente, atualmente é primeiro-ministro, e pretende voltar à presidência no ano que vem.
Após autorizar a maior manifestação da oposição em vários anos em Moscou, na noite de segunda-feira, a polícia saiu às ruas em grande número. O Ministério do Interior disse que cerca de 2.000 integrantes das forças especiais estão prestando apoio a quase 50 mil policiais, e alguns se deslocam pela cidade em veículos blindados, numa demonstração de força.
Centenas de jovens pró-Putin também tentaram perturbar o ato da oposição, batendo tambores e gritando palavras de ordem a fim de sufocar os partidários da oposição, que gritavam "Rússia sem Putin" e "Queremos eleições livres". Algumas pequenas brigas foram registradas.
Boris Nemtsov, líder oposicionista liberal, disse à Reuters que foi detido. Dois ativistas da oposição, Ilya Yashin e o blogueiro Alexei Navalny, foram condenados a 15 dias de prisão por seu envolvimento no protesto da segunda-feira. "Não vamos parar nossa luta", disse Yashin.
Os protestos são mais um sinal da pressão sobre Putin para que promova mudanças depois de o seu partido, o Rússia Unida, ver sua bancada parlamentar diminuir na eleição de domingo, que foi alvo de críticas por parte dos EUA e de monitores europeus. A oposição diz que o pleito foi manipulado para favorecer o partido governista.
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