Centenas de manifestantes contrários à Junta Militar egípcia entraram em confronto neste sábado (19) com as forças de segurança na praça Tahrir, em Cairo, capital do Egito.
Ao menos um veículo está queimando na praça, que no dia anterior foi palco de uma grande manifestação para pedir que os militares transfiram o poder para uma autoridade civil.
A polícia lançou gás lacrimogêneo e realiza disparos para cima para dispersar os jovens, que responderam atirando pedras antes de fugirem do local, cujo controle já foi retomado pelas forças de segurança.
Neste momento, a praça está vazia, invadida pelo gás lacrimogêneo.
Segundo testemunhas, há centenas de policiais em torno da sede do Ministério do Interior, para onde foram enviados reforços, enquanto cerca de 60 caminhões policiais bloqueiam o acesso aos arredores.
Salman Abdelaziz, um estudante de 18 anos, relatou à Agência Efe, enquanto recuperava forças para voltar a enfrentar a polícia, que os "revolucionários" estão distribuindo máscaras às pessoas.
Abdelaziz disse que os policiais "começaram a atacar, atirando coquetéis molotov e gás lacrimogêneo", e afirmou que participa dos choques porque sente que o país "precisa de uma mudança que não teve em 30 anos".
Dezenas de curiosos observam os manifestantes em torno da praça, que se mantém aberta ao tráfego.
Na manhã deste sábado, ao menos sete policiais ficaram feridos em choques na praça, que terminaram com a prisão de cinco pessoas, enquanto a polícia tentava esvaziar Tahrir.
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