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Fuselagem do voo MH17 no vilarejo de Rozsypne, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia | Maxim Smeyev/Reuters
Fuselagem do voo MH17 no vilarejo de Rozsypne, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia| Foto: Maxim Smeyev/Reuters

Investigadores e peritos forenses australianos e holandeses desistiram de chegar ao local do acidente com o voo MH17 da Malaysia Airlines neste domingo, por conta de falta de segurança em virtude do conflito na região. "Se não houver segurança, os peritos não podem fazer seu trabalho", disse o chefe da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Alexander Hug.

Segundo ele, os rebeldes que controlam a região advertiram a missão para não ir ao local e que, segundo informações que possui, há conflito próximo ao local do acidente. A decisão de abandonar a missão foi tomada há pouco e a OSCE tomará uma decisão amanhã sobre a viagem da missão.

Ao mesmo tempo, a imprensa local ucraniana divulgou informação de que o conflito moveu-se para Donetsk, reduto dos insurgentes, onde vivem 1 milhão de pessoas.

O governo da Malásia havia comunicado, pouco antes neste domingo o envio de peritos internacionais após ter fechado um acordo com o líder do movimento separatista ucraniano.

"Com o envio de equipes policiais, a Holanda, Austrália e a Malásia trabalharão juntos para alcançar a justiça para as vítimas", disse o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, acrescentando que as três nações haviam formado uma coalizão para resguardar o local do acidente com o avião.

A Austrália já iniciou o envio de policiais desarmados para o local, como parte de uma missão em cooperação com a Holanda para recuperar os corpos de passageiros que ainda não foram resgatados, acrescentou o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, em declaração feita separadamente à do premiê malaio.

As autoridades que investigam o acidente de 17 de julho, deixando mortas as 298 pessoas que estavam à bordo, na maioria holandesas, ficaram frustradas com a impossibilidade de ter acesso total ao local em razão do conflito entre rebeldes pró-Rússia, liderados por Alexander Borodai, e forças do governo ucraniano.

Após fechar um acordo com Borodai, a Malásia enviaria 68 homens da polícia na quarta-feira como parte do grupo internacional, disse o premiê. "Necessitamos também de que os peritos tenham acesso irrestrito ao local do acidente para entender precisamente o que ocorreu com o MH17", acrescentou.

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