O autoproclamado "prefeito popular" da cidade ucraniana de Slaviansk, Viacheslav Ponomariov, pediu neste domingo (20) ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que envie forças de pacificação para as regiões de Donetsk e Lugansk.

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As forças de paz russas defenderiam a população da Guarda Nacional e da organização ultranacionalista Setor de Direitas, afirmou o líder insurgente em entrevista coletiva, citado pela agência oficial russa "RIA Novosti".

"Estão matando nossos irmãos. Não falam conosco, só nos matam. A cidade está em estado de sítio por parte do Setor de Direitas (a força de choque durante os distúrbios de janeiro e fevereiro em Kiev)", denunciou.

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Na opinião do líder insurgente, apenas Moscou pode defender a população pró-Rússia dos grupos ultranacionalistas enviados por Kiev.

Um ataque ocorrido nesta madrugada a um posto de controle na cidade de Slaviansk, na região mineradora de Donetsk, levou um porta-voz insurgente e a chancelaria russa a considerar encerrada a trégua de Páscoa.

Segundo a imprensa russa, que cita fontes insurgentes, pelo menos cinco pessoas -um miliciano pró-Rússia e dois civis- e dois agressores morreram no ataque, enquanto o Ministério do Interior informou de apenas um morto e três feridos.

As forças de autodefesa asseguram que cinco postos de controle foram atacados durante a madrugada em Slaviansk, bastião da sublevação contra Kiev, o que obrigou as autoridades a impor o toque de recolher desde meia-noite até às 6h.

"Recordo que na véspera a resistência anunciou uma trégua durante as festas. Agora, a trégua se quebrou. Avaliamos a ação como uma provocação", disse um porta-voz rebelde à agência oficial russa "RIA Novosti".

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O ministro ucraniano do Interior, Arsen Avakov, viajou hoje para o leste do país para se reunir com a Guarda Nacional, cujos efetivos foram desdobrados nas regiões russófonas.

O Serviço de Segurança anunciou nesta sexta-feira a interrupção da fase ativa da operação antiterrorista no leste do país durante a Páscoa ortodoxa.

Nesta semana, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou enviar tropas ao leste da Ucrânia se não for respeitado os direitos dos russos e moradores que falam russo, embora tenha apostado no êxito das negociações de Genebra.