| Foto: Zoológico Buenos Aires/

A prefeitura de Buenos Aires lançou nesta quinta-feira (23) um projeto para transformar seu zoológico, uma bela construção do século XIX, em um moderno eco parque, o que implicará no traslado da maioria dos seus 1,5 mil animais.

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O projeto, que não tem prazo para ser concluído, marca a retomada pelo Estado da administração do local, situado no bairro de Palermo, em plena zona urbanizada no norte da capital argentina.

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“Estamos tomando uma decisão histórica de começar um processo de transformação. Estamos convencidos de que este não é o lugar adequado para manter estes animais”, disse o prefeito de centro-direita, Horacio Rodríguez Larreta, ao anunciar o projeto.

O zoológico fechará suas portas durante algumas semanas e depois será reaberto sob a administração do Estado, ainda com sua aparência original, antes de ser submetido ao processo de transformação.

“O preço das entradas será destinado, em sua totalidade, a financiar o traslado dos animais”, disse ao canal TN o ministro de Modernização da Cidade, Andy Freire.

Projetos

Segundo Freire, a prefeitura convocará um concurso público para paisagistas “que terão o desafio de projetar um moderno eco parque que conviva com as 52 estruturas arquitetônicas que são patrimônio histórico” da cidade.

O zoológico de Buenos Aires, inaugurado em 1875, possui suntuosas jaulas e pérgolas, e foi declarado Monumento Histórico Nacional em 1997.

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O ministro negou que a decisão tenha sido tomada “porque todo o zoológico esteja em situação crítica”, e afirmou que “só onze animais estão” em tais condições.

Na berlinda

Sociedades protetoras dos animais questionam há anos a existência do zoológico que, com o crescimento urbano do último século, ficou rodeado de edifícios e avenidas movimentadas, em uma zona muito valorizada pelo setor imobiliário.

O local, que ocupa 18 hectares, foi administrado pelo Estado durante décadas até 1991, quando foi cedido em concessão para empresas privadas.

Freire afirmou que a prefeitura “se encarregará dos 188 empregados” do zoológico, e que estes serão essenciais para o cuidado e traslado dos animais.

Em relação ao destino dos bichos, o ministro disse que serão feitos acordos com outros zoológicos e reservas do país e do exterior, e que os exemplares que não possam ser trasladados por questões de idade ou de saúde permanecerão no novo parque “até morrerem”.

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