Um proeminente pregador o jihadismo que acaba de ser solto da prisão na Jordânia fez duras críticas ao grupo terroristas Estado Islâmico, que queimou vivo um piloto jordaniano na semana passada.

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Abu Mohammed Al-Maqdesi, considerado um mentor espiritual de muitos militantes da Al-Qaeda, afirmou nesta sexta-feira (06/02) que a execução dispensada ao piloto Muath Al-Kasaesbeh "não é aceitável em nenhuma religião".

Falando à rede de TV Roya, o clérigo afirmou que participou das negociações para uma possível troca do piloto por uma prisioneira da Al-Qaeda em mãos do governo jordaniano. No entanto, após a divulgação do vídeo da morte, disse Al-Maqdesi, ficou claro que ele já havia sido assassinado em janeiro, e que os Estado Islâmico nunca considerou seriamente fazer a troca.

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"Durante nossas conversas, eles mentiram e foram evasivos", disse. "Eles agiram como se estivessem interessados, mas na verdade não estavam".

Al-Maqdesi também criticou o grupo por declarar um califado no ano passado. De acordo com ele, um califado deveria servir para juntar os muçulmanos. O Estado Islâmico, entretanto, tem sido uma força divisiva dentro da comunidade.

Na década passada, o clérigo era considerado o mentor da ramificação da Al-Qaeda no Iraque, que deu origem ao Estado Islâmico. No entanto, ele caiu das graças de seus protetores por criticar seus métodos, inclusive o ataque a muçulmanos.

Al-Maqdesi estava preso desde outubro, por criticar a participação jordaniana na coalizão militar liderada pelos Estados Unidos que realiza ataques aéreos a posições do Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

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