O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lamentou o anúncio de um plano de assentamento israelense que afetou as relações com Washington e ameaça a retomada das conversações de paz no Oriente Médio.
Em seu primeiro pronunciamento sobre o que comentaristas israelenses disseram ser a crise mais séria com Washington desde que assumiu o cargo há um ano, ele não sinalizou que vai atender às exigências palestinas de cancelar um projeto de construir mais 1.600 novas moradias.
"Sugiro que não nos deixemos levar e que mantenhamos a calma", disse Netanyahu a seu gabinete, depois de uma reprimenda da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e de uma série de declarações emitidas pelo escritório do primeiro-ministro que não foram suficientes para acalmar os ânimos.
"Houve um incidente lamentável, que aconteceu inocentemente", disse Netanyahu, referindo-se à declaração de um ministro do governo, durante a visita do vice-presidente norte-americano Joe Biden, sobre os planos de construção em uma área da Cisjordânia que Israel anexou a Jerusalém.
O momento dessa revelação, depois que os palestinos aceitaram conversações de paz indiretas, criou um mal-estar para Biden e levantou dúvidas sobre se a política de assentamentos israelense pode prejudicar a cooperação entre os Estados Unidos e Israel no que se refere à questão do Irã.
"Foi prejudicial e certamente, não devia ter acontecido", disse Netanyahu sobre a declaração do Ministério do Interior.
David Axelrod, um dos principais assessores do presidente dos EUA, Barack Obama, disse ao programa "Meet the Press", da NBC, que a resposta de Netanyahu às críticas dos Estados Unidos, mostra que "eles entenderam o recado".
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