O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, acusou nesta quarta-feira (9) os líderes curdos de acolher em sua região os jihadistas do Estado Islâmico (EI) e insurgentes sunitas do partido Baath, e advertiu que irão ocorrer represálias.

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"É impossível permanecer calado sobre o fato de que Erbil (capital do Curdistão iraquiano) é a sala de operações do Estado Islâmico e do Baath (partido do falecido ditador Saddam Hussein)", disse o primeiro-ministro em seu discurso semanal televisionado.

Maliki pediu aos que "falam de participação na política nacional" que acabem com a presença de dita sala de operações e expulsem estes insurgentes contrários ao governo de Bagdá.

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O líder também assegurou que não permitirá "nenhum movimento que se aproveite das circunstâncias", em alusão às ânsias independentistas do Curdistão.

Maliki pediu aos curdos que mostrem "uma postura patriota que rejeite a colaboração" com os extremistas, e advertiu que "perderão" tanto os insurgentes como os que acolherem.

"Estamos submergidos em uma luta crucial para garantir a unidade do Iraque (...) O ocorrido revela quem conspira contra o Iraque desde dentro e fora do país", disse Maliki, que acrescentou que "esta conspiração não continuará sem um castigo".

Em 3 de julho, o presidente da região autônoma do Curdistão iraquiano, Massoud Barzani, pediu ao parlamento curdo que fixe uma data para realizar um plebiscito nas zonas em disputa com Bagdá, como primeiro passo para uma futura consulta de independência.

Barzani seguiu assim com sua iniciativa de realizar um plebiscito apesar de um dia antes Maliki ter rejeitado essa possibilidade "inconstitucional".

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O presidente curdo também insistiu que as forças curdas "peshmergas" não vão se retirar das zonas disputadas que controlam agora após a debandada do Exército, como a cidade petrolífera de Kirkuk.

O conflito iraquiano adquiriu uma nova dimensão em 29 de junho com a proclamação por parte do EI de um califado que abrange desde a província síria de Aleppo até a iraquiana de Diyala.