O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, estava furioso com a empresa de energia que está no centro da crise nuclear do país por conta da demora para informar seu gabinete sobre uma explosão que havia atingido uma usina nuclear, dizendo: "O que diabos está acontecendo?"
Segundo a agência de notícias Kyodo, Kan também deu ordens nesta terça-feira para que a Tokyo Electric Power Co. (TEPCO) não retire seus funcionários da usina de Fukushima, a norte de Tóquio, que foi gravemente danificada pelo terremoto da semana passada e está vazando radiação.
"A TV divulgou a explosão. Mas nada foi dito ao gabinete do premiê por aproximadamente uma hora", disse Kan a executivos da empresa de energia, segundo um jornalista da Kyodo.
A TEPCO vem tentando há dias evitar uma catástrofe em vários reatores da usina de Fukushima, em operação há quarenta anos e localizada a 240 quilômetros a norte de Tóquio. Já aconteceram quatro explosões na planta e a liberação de altos níveis de radiação, parte dela levada pelos ventos em direção à capital Tóquio.
O governador de Fukishima, Yuhei Sato, telefonou para Kan, segundo a Kyodo, para dizer ao premiê que "o medo e a irritação dos moradores da província estão chegando ao limite".
A TEPCO, maior empresa de energia do Japão, sofreu nos últimos anos com escândalos, como a demissão de seu presidente e de quatro de seus principais executivos em 2002 por suspeita de falsificação dos registros de segurança de uma usina nuclear.
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