O governo da Tailândia declarou, nesta quinta-feira (27) estado de emergência em dois aeroportos do país, tomados por manifestantes. Os grupos exigem a renúncia do primeiro-ministro e a dissolução do Parlamento.

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Nesta quinta, outro aeroporto foi tomado. O primeiro-ministro, Somchai Wongsawat, ordenou nesta quinta aos militares que permaneçam nos quartéis, temendo um golpe militar.

Renúncia

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Wongsawat rejeitou, nesta quarta-feira (26), a proposta do chefe das Forças Armadas para que ele renuncie ao cargo, em meio a um cenário de protestos que tomam o país desde maio deste ano.

Em discurso na TV, ele disse que seu governo é legítimo e que ele não se demitirá. Wongsawat também disse que vai reunir o gabinete para discutir "medidas" contra os protestos que chegaram a fechar o aeroporto internacional da capital, Bangcoc.

O comandante das Forças Armadas da Tailândia havia pedido ao governo que dissolvesse o Parlamento, renunciasse e chamasse eleições emergenciais como uma maneira de contornar a crise política que paralisou o país nos últimos seis meses.

Em entrevista na capital, Bangcoc, Anupong Paochinda também disse à oposicionista Aliança do Povo para a Democracia que se retire do aeroporto internacional da cidade e que interrompa sua campanha antigoverno.

Paochinda negou que esteja dando um golpe de estado e disse que o atual governo do primeiro-ministro Somchai Wongsawat conserva sua autoridade.

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Antes da entrevista, Paochinda teve uma reunião na sede das Forças Armadas com líderes militares e empresariais e com banqueiros.

Os oposicionistas exigem a renúncia do governo e tomaram a torre de controle do Aeroporto Internacional de Bangcoc, fechando o complexo.

"A Aliança do Povo para a Democracia tomou o controle por completo do Aeroporto de Suvarnabhumi. A partir de agora qualquer avião que queira partir ou aterrissar terá que nos pedir permissão", diz um comunicado.

O porta-voz da Aliança, Parnthep Wongpuaphan, afirmou que a intenção do grupo é manter o aeroporto sob controle até a demissão do primeiro-ministro Wongsawat, que está regressando de viagem, e a renúncia do governo.

Centenas de turistas ficaram horas presos no aeroporto e agora estão sendo retirados de ônibus e levados aos poucos para regiões de hotéis. As autoridades do aeroporto de Suvarnabhumi se desculparam pelos problemas causados pelos protestos.

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Na terça-feira (25), os manifestantes haviam invadido o aeroporto e a maior parte dos vôos havia sido cancelada ou desviada. Houve confronto com a polícia e o registro de 11 feridos. A torre de controle, porém, permanecia segura.

Cerca de 125 mil pessoas usam o Aeroporto Internacional de Bangcoc diariamente e 76 operações (pousos e decolagens) ocorrem por hora. A Thai Airways International desviou seus aviões para o Aeroporto de Don Muang, distante 30 km de Bangcoc. A direção do complexo estima prejuízo de US$ 1,42 milhão.

Manifestante morto

Na cidade de Chiang Mai, no norte do país, um manifestante antigoverno teria sido morto a tiros, segundo a polícia local. Ele seria filho de um homem que mantinha um programa de rádio contrário ao governo em uma emissora local.

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