Recep Tayyip Erdogan, com sua mulher, após vencer eleições de ontem. Premiê declarou que vai governar para todos| Foto: AFP

Jerusalém - O partido governista Justiça e Desenvolvimento (AK) obteve mais de metade dos votos em eleição parlamentar, que ocorreu ontem na Turquia. O resultado dá ao premiê Recep Tayyip Erdogan o terceiro mandato consecutivo.

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Apesar da indiscutível vitória, o AK não alcançou a "supermaioria’’ de dois terços no Parlamento que almejava para poder reescrever a Constituição sem a necessidade de um referendo.

No discurso da vitória, Erdo­­gan buscou afastar os temores de que o apoio recebido nas urnas servirá para fortalecer a agenda conservadora do AK, de raízes islâmicas. "Nós iremos acolher a todos, os que votaram no AK ou não’’, disse.

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Apuradas 99,8% das urnas, o partido tinha 49,9% dos votos, o equivalente a 325 do total de 550 cadeiras do Parlamento. É a ma­­ior votação obtida pelo AK desde sua chegada ao poder, em 2002, mas faltaram 41 cadeiras para ter a "supermaioria’’.

Uma nova Constituição foi tema dominante na campanha, cada partido prometendo reformas democráticas no documento aprovado após o golpe de 1980.

A vitória incontestável do partido governista foi alavancada principalmente pelo sucesso econômico da Turquia, que triplicou a renda per capita desde 2002.

O restante do Parlamento será representado pelo secular Par­­tido Republicano Popular (CHP), que recebeu 26% dos votos, pelo direitista Partido do Mo­­vi­­men­­to Nacionalista (MHP), que teve 13%, e pelo pró-curdo Par­­tido Paz e Democracia, com 5,9%.

Em discurso, o premiê manifestou apoio aos protestos pró-democracia no mundo árabe, incluindo a Síria, onde a repressão levou milhares a fugir para a Turquia.

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