O primeiro-ministro da Tailândia, Somchai Wongsawat, instalou nesta sexta-feira (28) de forma indefinida seu centro de governo na cidade de Chiang Mai, no norte do país, em resposta ao assédio dos manifestantes e das divergências com o Exército.
Wongsawat, que, desde que assumiu o cargo no começo de setembro, não pôde usar o palácio do governo de Bangcoc, ocupado pelos manifestantes, viu-se forçado a viajar nesta quarta-feira (26) a Chiang Mai, depois que os manifestantes da antigovernamental Aliança do Povo para Democracia assumiram o controle dos dois aeroportos da capital. Os oposicionistas prometeram resistir até "a morte". Um líder da oposição ameaçou detonar revolta popular na Tailândia .
"O primeiro-ministro não tem planos de retornar a Bangcoc em um curto prazo porque existe certa incerteza sobre os movimentos dos militares ", disse o vice-porta-voz do Governo, Suparat Nakboonnan.
Em Chiang Mai, para onde também se transferiram alguns membros do Gabinete, Wongsawat despacha por telefone e videoconferência com seus colaboradores e principais funcionários da administração, que continuam na capital tailandesa.
"Todos os movimentos do primeiro-ministro se mantêm em segredo por motivos de segurança", disse Nakboonnan.
Chiang Mai, a cerca de 600 quilômetros da capital, é um forte reduto do Partido do Poder do Povo (PPP), liderado por Wongsawat. Além disso, é a cidade natal de seu cunhado, o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto há dois anos em um golpe de Estado.
A mudança do centro de Governo para Chiang Mai ocorre em meio a intensos rumores sobre um golpe de Estado no país.
Somchai Wongsawat, declarou estado de emergência nesta quinta-feira (27) em dois aeroportos de Bangcoc tomados por manifestantes.
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