Especialistas em direitos humanos da ONU manifestaram preocupação nesta sexta-feira com relatos de que ex-paramilitares da Colômbia teriam sido recrutados para proteger pessoas ricas e suas propriedades em Honduras, depois do golpe militar de junho no país.
O grupo de trabalho da ONU sobre o uso de mercenários disse que "informações disponíveis até agora" ndicam que latifundiários contrataram 40 ex-membros do grupo Autodefesas Unidas da Colômbia para se protegerem da violência entre seguidores do governo de facto (expressão diplomática para designar o governo golpista) e os apoiadores do presidente deposto Manuel Zelaya.
Eles também citaram relatos de que 120 paramilitares de vários países vizinhos teriam sido levados a Honduras para apoiar o golpe do final de junho, que gerou a pior crise dos últimos anos na América.
"Exortamos as autoridades hondurenhas a tomar todas as medidas práticas para evitar o uso de mercenários dentro do seu território e investigar as acusações relativas à sua presença e suas atividades," disseram os cinco especialistas independentes em uma declaração conjunta divulgada em Genebra.
O grupo lembrou que Honduras é signatária de uma convenção internacional que proíbe o recrutamento, uso, financiamento e treinamento de mercenário. Os especialistas também manifestaram preocupação sobre "acusações de uso de dispositivos acústicos de longo alcance" por parte de policiais e de mercenários para incomodar Zelaya e seus seguidores, que refugiados na Embaixada brasileira em Tegucigalpa.
Trump, Milei, Bolsonaro e outros líderes da direita se unem, mas têm perfis distintos
Taxa de desemprego pode diminuir com políticas libertárias de Milei
Governadores e parlamentares criticam decreto de Lula sobre uso da força policial
Justiça suspende resolução pró-aborto e intima Conanda a prestar informações em 10 dias