Os candidatos à Presidência do Chile lamentaram nesta segunda-feira o fato de o ex-dirigente do Peru Alberto Fujimori ter sido detido em Santiago a pedido do governo peruano, enquanto é preparado um pedido de extradição.

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As relações entre os dois países atravessam o momento mais tenso da última década, depois de o Congresso peruano ter aprovado uma lei fixando as bases para negociar uma fronteira marítima com o Chile e, conseqüentemente, o controle sobre uma área de que o governo chileno promete não abrir mão.

- Parece-me ruim porque, segundo acredito, esse é um tema delicado em um momento no qual nos encontramos em uma situação delicada - afirmou a candidata governista e favorita para ganhar as eleições de dezembro, Michelle Bachelet.

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- Isso não foi por acaso, foi armado - acrescentou Bachelet, a candidata socialista ligada ao governo. As declarações foram dadas durante um programa de TV.

Fujimori chegou de surpresa, na tarde de domingo, em Santiago e foi detido na segunda-feira de madrugada.

O presidente chileno, Ricardo Lagos, disse que o caso está nas mãos da Justiça e que não deve se transformar em um obstáculo para as relações entre os dois países.

- Na verdade, Fujimori é um problema dos peruanos, não um problema dos chilenos - afirmou o candidato à Presidência chilena Jaquín Lavín, da União Democrática, um partido de direita.

Fujimori, que governou o Peru entre 1990 e 2000,é acusado de corrupao e violações dos direitos humanos. O ex-dirigente, que também possui cidadania japonesa, vive no Japão desde que saiu do poder e deseja regressar ao Peru a fim de participar das eleições de 2006.

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- Fujimori chega aqui em um momento muito inoportuno - disse o outro presidenciável direitista, Sebastián Pinera.