Um mês após o desaparecimento do avião 370, em rota para Pequim, o presidente da Malaysia Airlines, Ahmad Jauhari Yahya, disse que a companhia aérea continua focada nas necessidades dos familiares dos passageiros e que adiou a avaliação de como a crise afeta os negócios.
"Nosso foco está agora em como podemos cuidar das famílias em termos de suas necessidades emocionais e também financeiras", disse, em entrevista. "É importante que nós providenciemos respostas para eles. É importante que o mundo tenha respostas também".
Os comentários de Ahmad foram dados antes que um navio chinês informasse que detectou sinais de pulso, que podem ter sido emitidos pela caixa-preta da aeronave desaparecida, ao Sul do Oceano Índico.
O presidente da Malaysia Airlines disse que a companhia tenta encontrar motivos para o acidente e que não está certo de quando começarão a reparar os danos à imagem e voltar ao mercado para se promover. De acordo com Ahmad, a companhia consultará o governo e investidores para uma decisão de retomada dos negócios. "Nós ainda temos uma companhia aérea, nós ainda temos bilhetes para vender e nós ainda temos pessoas para voar", disse. "Não está sendo fácil para nós, especialmente para aqueles que perderam amigos".
Segundo o executivo, as vendas de passagens aéreas sofreram após o desaparecimento do avião, com 239 pessoas a bordo, maior parte chineses. Mas, segundo ele, foi uma consequência da suspensão de campanhas publicitárias. Ahmad, contudo, não detalhou em quanto as vendas foram afetadas ou em quanto o resultado financeiro da Malaysia Airlines será impactado.
A Malaysia Airlines, dirigida pela Malaysian Airline System Bhd e pelo braço de investimentos do governo da Malásia, vinha lutando com cortes de gastos. Em 2013, a companhia aérea reportou perdas de cerca de US$ 356 milhões.
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