O presidente americano, Barack Obama, voltou ao tema do respeito aos direitos humanos nesta quarta-feira, e o presidente chinês, Hu Jintao, em visita oficial a Washington, reconheceu que ainda há "muito a ser feito" em seu país nessa área.
Na entrevista coletiva concedida pelos dois na Casa Branca, dividida entre as complicadas relações econômicas e políticas, os direitos humanos não ficaram de fora e, entre as esquivadas de Hu, Obama foi até onde pôde dentro da cordialidade diplomática para alfinetar a China.
O presidente americano reconheceu que os direitos humanos são "uma fonte ocasional de tensão" entre os dois países, mas disse que a questão transcende diferenças culturais.
- A China tem um sistema político diferente do nosso. Nós viemos de culturas muito diferentes e com diferentes histórias. Mas como disse antes e repito para o presidente Hu: nós temos algumas visões como americanos sobre certos direitos, como liberdade de expressão, de religião e reunião, que nós achamos que são muito importantes e que transcendem culturas - afirmou Obama ante a pergunta de um jornalista.
Hu Jintao inicialmente evitou as perguntas dos jornalistas sobre direitos humanos, chegando a alegar problemas na tradução. Pressionado, depois acabou entrando no tema, segundo ele tratado nos últimos oito encontros entre ele e Obama.
- A China está sempre comprometida com a proteção e a promoção dos direitos humanos. A China fez um enorme progresso - afirmou Hu, para depois reconhecer que há "muito a ser feito" nessa questão.
Obama, no entanto, disse que as diferenças sobre algumas questões políticas não impedem os dois países de "cooperar em outras áreas críticas".
Ao abrir a entrevista, em suas declarações iniciais, Obama disse ainda que os EUA apoiam um diálogo entre a China e representantes do líder tibetano, o Dalai Lama, e que esperam que Pequim respeite os direitos religiosos do povo do Tibete.
Mais cedo, na recepção a Hu, Obama já havia defendido o respeito aos direitos humanos, mas em tom menos incisivo.
Em suas declarações iniciais no evento, Obama disse que os Estados Unidos apoiam um diálogo entre a China e representantes do líder tibetano, o Dalai Lama, e que Washington espera que Pequim respeite os direitos religiosos do povo do Tibete.
Consenso sobre Coreia do Norte
Na entrevista, Obama disse que ele e o presidente da China "concordaram que a Coreia do Norte deve evitar mais provocações".
- Eu também disse que o programa balístico e nuclear da Coreia do Norte é uma ameaça direta crescente à segurança dos Estados Unidos e de nossos aliados - afirmou o presidente americano.
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