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A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, acusou nesta quinta-feira partidos da oposição de tentarem derrubar seu governo. Cristina disse ainda que alguns magistrados tentam obstruir seus planos para administrar o país, o que ela não permitirá.

"Nós estamos claramente vendo planos para derrubar" o governo, afirmou Cristina em um duro discurso defendendo sua gestão.

A presidente falou um dia após partidos da oposição tomarem o controle do Senado. Agora, a governista Frente pela Vitória não controla nenhuma das Casas do Parlamento.

Cristina acusou a oposição de ser grosseiramente irresponsável, afirmando que os oposicionistas estavam tentando impedir que o país pague suas próprias dívidas.

"Vocês nunca viram tal subjugação de outros poderes como estão vendo agora", afirmou a presidente, acusando o Congresso e o Judiciário de usurpar poder da presidência.

Uma comissão do Senado rejeitou, na quarta-feira, a recente nomeação de Mercedes Marcó del Pont como presidente do Banco Central. Os senadores da oposição afirmaram que Mercedes deve deixar o posto imediatamente. O plenário do Senado ainda deve votar a indicação na próxima semana.

Além disso, uma corte federal confirmou nesta quinta-feira a suspensão de um decreto emergencial da presidência, que ordenava a transferência de US$ 4,4 bilhões das reservas do Banco Central para o Tesouro. Cristina disse que o dinheiro é necessário para pagar a dívida argentina.

A presidente atacou as duas ações, dizendo que é o Executivo, e não o Judiciário, o encarregado de gerenciar os assuntos econômicos do país.

Mais tarde, uma fonte na presidência disse que Cristina pretende ignorar as decisões da justiça local que impedem o governo de usar as reservas internacionais do Banco Central para fazer os pagamentos da dívida.

"A presidente ratificou firmemente a ideia de que vai usar as reservas para pagar a dívida", disse essa fonte à Dow Jones. "Ela (Cristina) está disposta a fazer tudo o que for necessário para pagar a dívida e ela vai pagá-la usando as reservas."

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