A presidente argentina, Cristina Kirchner, foi submetida nesta terça-feira (8) a uma cirurgia de baixo risco para drenar um hematoma cerebral, o que a deixará afastada da campanha eleitoral em uma disputa-chave para seu governo.
Cristina foi internada ao meio-dia (horário local) de segunda-feira (7) na Fundação Favaloro, em Buenos Aires, para realização de exames pré-cirúrgicos, após sentir um formigamento no braço no domingo que obrigou seus médico a optarem pela intervenção cirúrgica, no lugar do repouso indicado inicialmente.
A cirurgia começou às 7h35 (8h35, no horário de Brasília), segundo uma fonte médica do hospital que pediu anonimato.
A operação é de baixo risco e consiste em abrir um orifício para permitir a drenagem do hematoma que se formou por baixo da meninge, membrana que envolve o cérebro, disseram fontes médicas.
Cristina ficou internada por várias horas no sábado para exames clínicos, após os quais lhe foram indicados 30 dias de repouso para permitir a absorção do hematoma causado por uma pancada na cabeça sofrida em uma queda em meados de agosto.
O acidente havia sido mantido em segredo e os detalhes sobre ele continuam desconhecidos.
A recuperação deixará Cristina fora da campanha para as eleições parlamentares de 27 de outubro.
Cristina, de 60 anos, tem um estilo de gestão centralizador do poder e vinha encabeçando os comícios em uma tentativa de fortalecer os candidatos oficiais que se encontram em desvantagem nas pesquisas.
De acordos com as pesquisas, o governo pode perder o controle do Congresso nas eleições, ficando assim sem possibilidade de impulsionar uma reforma constitucional que habilite a presidente a disputar um terceiro mandato, como pretendem seus aliados.
O vice-presidente Amado Boudou assumiu a Presidência interinamente na segunda-feira.