O presidente do Egito, Mohammed Morsi, disse nesta quarta-feira (26) que não descansará enquanto a guerra civil na Síria não chegar a um final. Morsi disse que o conflito na Síria, que segundo grupos opositores já deixou quase 30 mil mortos, é a "tragédia" da era atual. Morsi discursou no plenário da 67ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e fez um apelo a todos os países que ajudem o conflito sírio a chegar a um fim.
Morsi, um islamita que é da Irmandade Muçulmana, grupo banido no Egito até a revolução de fevereiro de 2011, abriu o discurso ao lembrar que é primeiro presidente democraticamente eleito do Egito, que chegou ao poder após uma revolução "grande e pacífica". Ele afirmou que além da guerra civil na Síria, a primeira questão que a ONU precisa abordar é garantir os direitos do povo palestino.
"Os frutos da dignidade e da liberdade não devem ficar distantes do povo palestino", disse, ao acrescentar ser uma "vergonha" o fato de as resoluções da ONU sobre o conflito israelo-palestino não serem implementadas.
Morsi também condenou o filme "A Inocência dos Muçulmanos", feito nos EUA e que é ofensivo à religião islâmica. Ele insistiu que a liberdade de expressão não deve permitir os ataques a qualquer religião. Mas ele também condenou a violência que acompanhou os protestos contra o filme, deixando 51 pessoas mortas desde a noite de 11 de setembro, incluído pelo menos um manifestante egípcio.
As informações são da Associated Press.
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