O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, prometeu nesta quinta-feira (19) assinar um acordo que colocaria um ponto final em seu governo de décadas disse o porta-voz Ahmed al-Sufi, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu que o líder transfira o poder.
A oposição repeliu a promessa de Saleh, acusando-o de protelação. Saleh já rejeitou o acordo antes - a vez mais recente há apenas 24 horas antes de sua última promessa de firmá-lo. O Iêmen já contabiliza três meses de manifestações exigindo a saída de Saleh. Uma violenta repressão ordenada pelo presidente deixou cerca de 180 mortos. Saleh governa como autocrata há 32 anos.
Os Estados Unidos, que até recentemente consideravam Saleh como um aliado importante na luta contra a ramificação iemenita da Al-Qaeda, recuaram pedindo sua renúncia. O esforço mais recente para acabar com a crise política do Iêmen pareceu erodir ontem. O Conselho de Cooperação do Golfo tem procurado intermediar um acordo, apoiado por Washington, para que Saleh deixe o poder em troca de imunidade contra processos judiciais.
Mas Saleh se recusou a assiná-lo, instigando o líder da coalizão Abdul-Latif al-Zayyani, a deixar o Iêmen. Hoje, o porta-voz presidencial disse que Saleh mudou de ideia e resolveu assinar o acordo no domingo durante a comemoração do Dia Nacional do Iêmen no Palácio Presidencial, em Sanaa. As informações são da Associated Press.
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