O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, se declarou neste sábado (08) disposto a deixar o poder "nos próximos dias", mas afirmou que não vai deixá-lo com seus opositores.
"Não quero o poder, e o deixarei nos próximos dias", disse Saleh em um discurso.
O chefe de Estado iemenita descartou a oposição, afirmando que é "impossível que os deixe destruir o país", considerando que possui "homens sinceros, sejam militares ou civis", capazes de governar o Iêmen.
Saleh anunciou que vai convocar uma reunião do Parlamento nos próximos dias, sem indicar o motivo.
O presidente iemenita, no poder há 33 anos, já havia dito no passado que estava preparado para uma transferência do poder e para assinar um plano preparado pelas monarquias árabes do Golfo para deixar o poder à oposição, mas não agiu nesse sentido.
As forças fiéis ao presidente, comandadas por membros de sua família, se opuseram nestas últimas semanas a uma união com dissidentes do Exército em Sanaa.
Em uma entrevista ao Time e ao Washington Post publicada no dia 29 de setembro, Saleh afirmou que não deixará o poder se seus antigos aliados que se tornaram opositores forem autorizados a participar das eleições, considerando que isso causará uma guerra civil.
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