O presidente do Paquistão Pervez Musharraf não vai renunciar, disse neste domingo (17) seu porta-voz, mesmo após a coalizão paquistanesa concordar em apresentar as acusações que podem levar ao impeachment do ex-general.
Musharraf tem sofrido intensa pressão de seus inimigos políticos que perderam as eleições em fevereiro para renunciar. Com o poder do presidente paquistanês diminuindo, as preocupações do Ocidente se concentram não no destino dele, mas em como essa crise política está afetando os esforços - que foram interrompidos - do novo governo civil contra o terrorismo e a série de problemas econômicos.
No domingo, um comitê de coalização do governo finalizou uma lista de acusações para o impeachment de Musharraf, após cinco dias de negociações, segundo a Ministra da Informação, Sherry Rehman. Um líder da coalizão disse que as acusações incluem "um excesso de ações" tomadas por Musharraf que representam uma "violação brutal" da constituição. "Ele deveria entregar sua renúncia, fazer suas malas e partir", disse o senador Raza Rabbani aos jornalistas após encontro do comitê em Islamabad. "Qualquer autoridade moral que tenha restado a ele já foi completamente diluída".
No entanto, os parlamentares não divulgaram detalhes das acusações, que devem seguir para os chefes da coalizão para uma decisão final sobre a abertura de um processo de impeachment no Parlamento.
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