Depois de anunciar em pronunciamento à nação transmitido pela televisão que deixaria o cargo, o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, enviou sua renúncia ao presidente da Assembléia Nacional (câmara baixa do Parlamento), que acatou imediatamente o pedido. Com a renúncia, a presidência paquistanesa passa a ser ocupada interinamente pelo presidente do Senado (câmara alta), Mohammedmian Soomro, informou a agência de notícias Press Trust of India.

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Pela Constituição paquistanesa, o presidente do Senado é automaticamente declarado presidente do país caso o cargo fique vago sem que seja necessária uma cerimônia formal de posse.

Em seu pronunciamento, Musharraf disse que o país não precisa da confrontação e da instabilidade adicional que seu pendente processo de impeachment traria. "Eu decidi renunciar à presidência", disse. "Por favor, aceite esta decisão. Eu não estou pensando no nível pessoal, mas no Paquistão primeiro", acrescentou.

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No pronunciamento, Musharraf, que aliou-se aos Estados Unidos depois dos atentados de 11 de setembro, defendeu-se da acusação de ter violado a Constituição ao decretar estado de emergência, no ano passado, e afirmou que nunca se opôs à democracia.

Fontes próximas a Musharraf indicaram que ele renunciou em troca de garantias de que não será processado. "Nem uma única acusação pode se sustentar contra mim", disse. "Eu não fiz nada por ganho pessoal. Qualquer coisa que eu tenha feito, eu fiz pelo Paquistão", afirmou.